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sábado, 16 de agosto de 2014

Bancos dos réus



 O ex-deputado José Genoino, condenado no processo do mensalão, deixou as dependências do Foro do Distrito Federal, na manhã do último dia 12/08, feliz da vida. A audiência, na Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas (Vepma) do Distrito Federal, discutiu a migração do regime semiaberto para o aberto no cumprimento da pena. A partir de então, Genoino passou a cumprir o restante da sua pena em prisão domiciliar, em Brasília. A justiça reconheceu que ele cumpriu um sexto da cadeia por FORMAÇÃO DE QUADRILHA E CORRUPÇÃO ATIVA a ele sentenciada pelo Supremo Tribunal Federal e que, por isso, já tem o direito de progredir para o regime aberto.

 

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no último dia 25 de junho, por nove votos a um, conceder o benefício do trabalho externo ao ex-ministro José Dirceu, condenado no mesmo processo e pelos mesmos crimes. Com isso, ele poderá cumprir expediente em um escritório de advocacia em Brasília recebendo salário de R$ 2,1 mil.


          
Apesar de conter DMT, um elemento tóxico, a ayahuasca tem sua utilização permitida em rituais religiosos pela Secretaria Nacional Anti-Drogas (Senad). A primeira resolução nesse sentido é de 1987. Novos pareceres foram elaborados em 2002, 2004 e 2010, sempre analisando aspectos culturais e científicos, culminando na liberação da planta (chás) para fins sacros.

Por outro lado, coincidência ou não, ontem, 15/08/2014 completaram exatos dois anos da prisão e encarceramento de Ras Geraldinho, fundador da Primeira Niubingui Etíope Coptic Sião do Brasil, igreja que difunde a cultura de vida rastafári, crença com raízes na África e que utiliza a maconha de forma ritual.
Acusação: TRÁFICO DE DROGAS E FORMAÇÃO DE QUADRILHA por plantar Cannabis em sua chácara.

A nossa Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso VI, garante a “liberdade de consciência e de crença” e “o livre exercício dos cultos religiosos”. O caso Ras Geraldo ilustra um dilema que vêm se arrastando há décadas, sem que as nossas autoridades e a sociedade admitam ao menos discuti-lo. Existirão motivos não divulgados para tamanho preconceito contra uma erva natural que para alguns  é sacramento de fé? Pena e rigor da lei para um. Abrandamento e tolerância para outros.
Justiça, kd vc?


                 Cesar S. Farias


2 comentários:

vendedor de ilusão disse...

Muito interessante sua crítica; nossa justiça é, no mínimo, redundante e por que não dizer incoerente, chegando aos extremos e levando-nos à decepção.
Lamentavelmente, é assim mesmo! Uns são, por ela, beneficiados e outros, simplesmente ignorados. Mas, fazer o quê, não é, amigo?
Abraço.

vendedor de ilusão disse...

Voltei para lhe desejar um ótimo final de semana e não me conformo com a cara de pau desse Gesuino, assim como a do outro; é de indignar termos sido "enrolados" por esses sujeitos.
Abraço e apareça.