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domingo, 20 de setembro de 2015

Se os militares assumirem, melhora.

     

            “Tem é que os militar pegá u poder di novo... Aquilo é que era tempo bom...”
           Essa citação popular vêm sendo repetida com uma frequência que considero espantosa nos últimos tempos. Ao menos em meu círculo de relacionamentos, não são poucas as pessoas que defendem um novo golpe ou intervenção militar como a única solução aos problemas do país. Com todo o respeito que merecem estas, dentre as quais muitas mantêm comigo laços de consideração e cordialidade, venho aqui, terminantemente contrapor um NÃO, mais um NÃO e outro NÃO!
           O governo Dilma Rousseff e o seu partido não me inspiram, seja dita a verdade, qualquer entusiasmo. Acho, no entanto, exageradas e oportunistas essas sugestões de Impeachment orquestradas pela oposição, que por sinal, apenas reflete os velhos vícios político-partidários do passado. Apesar disso, em respeito ao nosso atual regime de governo, onde os mandatários da pátria são escolhidos através do voto obrigatório de cada um de nós, acho precipitado afastar uma presidente apenas por não concordarmos com as suas visões e inspirações políticas. Não é dela a culpa exclusiva pela roubalheira que praticamente secou os cofres públicos, empobrecendo a nação e prejudicando a manutenção de serviços básicos e investimentos à população. Até onde entendo, somente acusações concretas de corrupção ou improbidade administrativa podem, legalmente, afastarem um governante do seu cargo antes do final de mandato. Não creio que seja este o caso.
           Da mesma forma, a insinuação de golpe militar é á meu ver, infundada e, queira Deus, não ultrapasse o limite de mera especulação. Nasci em 73, portanto, acompanhei, ainda criança, apenas o desfecho do último golpe no país, no entanto, influenciado principalmente pela ótica da classe artística daquela época, não possuo românticas recordações desse período. Intimidações, exílios, arbitrariedades, torturas, queimas de arquivos e generais colocando-se acima da lei. Trará isso, por acaso, solução para a atual crise que, antes de tudo, trata-se de uma crise de valores?
          Admito, um argumento bastante convincente dos pró-militares refere-se à suposta segurança que gozava-se nas ruas durante o golpe, com índices de criminalidade aparentemente baixos e sob controle. Tudo bem, então que se pegue esse bom exemplo como um parâmetro para a formação de guardas e combatentes plenamente identificados com a missão de proteger a pátria dos inimigos internos e externos, sem que para isso necessitemos rasgar a Constituição Federal e perdermos, provavelmente alguns avanços sociais conquistados através de árduos debates. Respeito, sim, os militares e sei da importância que têm. Apenas defendo que permaneçam em seus postos de atuação e não assumam responsabilidades que certamente sobrecarregarão as suas corporações. Ou alguém acreditará cegamente que não existam capitães assassinos, tenentes corruptos e sargentos mentirosos?
          NÃO. Definitivamente NÃO. A solução para os nossos problemas não está no totalitarismo que elimina á força os pensadores contrários ao regime. Humildemente, sem a ambição de ser o Doutor Verdade que vai apontar a solução definitiva para pôr o Brasil nos trilhos da ordem e progresso almejados, sugiro, isso sim, duas atitudes fundamentais para revertermos a médio e longo prazo essa bagunça toda. Uma delas, a que trará retorno mais imediato, é a participação de cada um de nós na função de fiscalizar os atos do governo e suas câmaras legislativas. Isso faz-se possível apenas quando pesquisamos e tentamos entender as leis que regem a administração pública. Chega dessa história dos vereadores, deputados e senadores “defenderem os nossos direitos”. Temos que encarar isso como tarefa fundamentalmente nossa. Já a outra ação, que talvez leve um pouco mais de tempo para frutificar, é a educação dos nossos filhos e filhas com princípios sólidos, livres da mentalidade exploratória que rege as relações do homem entre si, com os animais e o meio-ambiente.
           Acredito firmemente que a solução será encontrada pela próxima geração, que encontrará, em consenso, um novo caminho para administrar o país. Felizmente, Deus começou a enviar, como chuva de bênçãos sobre nossas cabeças, crianças iluminadas que representam a transformação e transição para algo melhor. O momento presente exige paciência perseverança e planejamento. Tenho fé no futuro e conclamo todos a terem cautela para não meterem os pés pelas mãos, aceitando falsos salvadores da pátria.

                                                                       
                                                                                                Cesar





          


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Preso nas palavras



                                  Tão difícil quanto sentir,
                                  é transmitir o que se sente
                                  Com tantas palavras a mais,
                                  às vezes não entendem a gente.
                                  Com tantos verbos passados,
                                  e pontos para finais errados. 

                                  Difícil é transmitir,
                                  sem cair em vulgaridade,
                                  dizendo a própria vontade,
                                  criando versos com vaidade.
                                  Vaidades de um dicionário,
                                  doutor do ABCdário,
                                  carrasco do imaginário.

                                  É a minha comunicação,
                                  cheia de limitação.
                                  Pensamento tão bonito,
                                  fica estranho e sem sentido.
                                  Soa até mesmo parecido,
                                  com tudo que já foi dito.

                                  Tropeçando em palavras ,
                                  numa imitação barata.
                                  numa combinação chata,
                                  Que o Doutor não quer nem ler.    


                                                                                                         
         Cesar                                           

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Sambista de primeira- Leci Brandão


           Leci Brandão da Silva (Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1944) é uma cantora, compositora brasileira e umas das mais importantes intérpretes de samba da música popular brasileira. 
Começou sua carreira no início da década de 1970, tornando-se a primeira mulher a participar da ala de compositores da Mangueira. 
            Ao longo de sua carreira, gravou 20 álbuns e três compactos. Participou do Festival MPB-Shell promovido pela Rede Globo, em 1980, com a música “Essa tal criatura”. Em 1985, gravou “Isso é fundo de quintal”. Durante o Carnaval de 1995, foi a intérprete da Acadêmicos de Santa Cruz. 
Atuou na telenovela Xica da Silva da TV Manchete, como Severina. 
            Em 2009 participou do CLIPE do Dia de Fazer a Diferença da Rede Record em parceria com o Instituto Ressoar. 
         Em fevereiro de 2010, Leci Brandão filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e candidatou-se ao cargo de Deputada Estadual pelo estado de São Paulo, tendo sido eleita e reeleita em 2015. Sua defesa dá ênfase a negros, igualdade racial, combate ao racismo e a inclusão do samba na política cultural do Estado de São Paulo, entre outras propostas. no carnaval 2012, foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos do Tatuapé
 .   
   
 Fonte: som13.com.br




quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Friboi- 10 motivos para desconfianças



                    Em tempos de Expointer aqui no Rio Grande do Sul, minha homenagem, em 10 F's, à essa que representa como ninguém a indústria da morte e exploração animal em nosso país: Friboi


                                                         Falsos
                                              Feios
                                              Fedidos
                                              Fraudulentos
                                              Falastrões
                                              Frívolos
                                              Fingidos  
                                              Fúnebres
                                              Funestos e, conforme a justiça divina,
                                              Fugazes