sábado, 28 de junho de 2025

Amazônia e Festival de Parintins

 


O Festival Folclórico de Parintins é certamente uma das principais manifestações culturais do Brasil. É também uma das principais expressões da alma amazônica. Parintins deve ser enaltecida não apenas pela sua exuberância e majestade como manifestação cultural, mas também é essencial considerar a sua contribuição para o futuro da Amazônia viva e a prosperidade do Brasil. 

Cantar sobre a Amazônia durante o festival, é uma forma de abrir os olhos de todos para situações graves que estão acontecendo e ainda podem vir a acontecer, e que esse canto de clamor da terra possa ser ouvido por todos.   

Os dois bois possuem uma histórica e rica rivalidade nas disputas dos festivais. Ambos, entretanto, são irmãos na defesa da floresta e dos povos indígenas.  

Essas toadas ecoam além dos festivais de Parintins: são tocadas nas rádios, exibidas em programas de televisão e compartilhadas nas mídias sociais. As toadas entram pelos ouvidos e olhares para se entranhar na essência das nossas almas. 

A defesa da floresta em pé contra os interesses dos grileiros, madeireiros e garimpeiros ilegais é um dos maiores desafios para o futuro do Brasil. Disso depende a segurança nacional, uma vez que precisamos da água da Amazônia para abastecer com chuvas a produção de alimentos, geração de energia hidrelétrica e o fornecimento de água para o consumo das famílias, empresas e instituições do Brasil. Além disso, no contexto da crise climática, a proteção da floresta e o respeito aos povos indígenas é o que nos insere no concerto das nações – positiva ou negativamente.  

Ao contrário do que muitos pensam, proteger a floresta contra os agentes da destruição não é uma agenda que outros países impõem ao Brasil. É uma agenda da alma amazônica, maravilhosamente expressa no Festival Folclórico de Parintins, um agente dessa batalha pela floresta em pé.  

Apesar de discreta, a contribuição do Festival é extremamente significativa e deve ser objeto de enaltecimento e gratidão por todos que sonham e lutam por um futuro com a Amazônia viva e um Brasil mais justo e próspero. 



                À quem interessar possa, se tiver curiosidade ou quiser curtir, aqui vai o link de transmissão da edição desse ano, que tá acontecendo nesse final de semana.


https://www.youtube.com/live/xTq8eZagWH0?si=Ev-4-ElVmARHcKqj


Fonte:  fas-amazonia.org

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Livres pra matar

 


¹ O Brasil se declarou oficialmente livre de gripe aviária nesta quarta-feira (18), após o fim dos 28 dias de vazio sanitário desde a confirmação de um caso da doença em uma granja comercial em Montenegro (RS). A informação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Durante o período de vazio sanitário, nenhum novo caso foi registrado em granjas comerciais brasileiras, o que, segundo os protocolos da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), permite que o país retome o status de livre da doença. Foram registrados apenas casos em aves silvestres e de subsistência no período.

                                                    🎉


      Ainda em clima de euforia parabenizo, em primeira mão, autoridades políticas e sanitaristas  pela conquista. Nossas aves, finalmente, livres da gripe e aptas pro abate.

    A grande ironia dessa história, porém, é o fato de que a saúde e longevidade das galinhas é o que realmente menos importa. Após viverem sob condições degradantes, em confinamento, por toda uma vida, são, afinal, abatidas. Pescoço torcido, choque elétrico, sangria, os métodos variam.

      Feito o devido contraponto, sem me alongar em discursos ou exibição de imagens chocantes, de sofrimento animal, em coerência com meu estilo de vida, fica a minha reflexão em nome de quem não tem voz ativa pra tal.

 





1 cnnbrasil.com.br

segunda-feira, 9 de junho de 2025

O abraço do meu silêncio

 


          Anabela pousou lentamente as mãos sobre as costas nuas de seu amante: sente que meu silêncio te alcança. Que ele te abraça. Que ele te enlaça e te traz bonança. Depois, bem depois, quando a união de nossas almas for perene, pega meu corpo e quebra o meu silêncio com toda a força das tuas palavras de amor. Eu aceito.



Fonte: "O silêncio alheio" de Jacqueline Aisenman

domingo, 1 de junho de 2025

Êxodos segundo Sebastião Salgado

 




Êxodos, de Sebastião Salgado, representa uma longa viagem em busca dos povos em trânsito



Intolerâncias e solidariedades apontam o sofrimento humano em tempos de globalização. 





As fotografias permitem resgatar a dignidade de homens, mulheres e crianças que se vêem obrigadas a deixar sua terra natal em busca de novas possibilidades de sobrevivência.




O olhar generoso de Salgado registrou situações de deslocados das guerras, dos perseguidos políticos dos sem terras e sem teto em todo o planeta.



América, África, Europa, Ásia e Oceania estão presentes na grande exposição fruto de seis anos de caminhada.





À quem já viu a presente mostra, desnecessário se faz encerrar dizendo que dezenas de fotos ficaram de fora. Concluo pois, minha humilde homenagem póstuma, sugerindo aos que ainda não viram, assim que a oportunidade surgir-lhes, não percam. Sou totalmente leigo em matéria de fotografia, mas a experiência de assisti-la foi pra mim e a maioria, bastante impactante.

                 Descanse em paz, Salgado🙏


Fonte: diversitas.fflc.usp.br