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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Queimando sem parar

 


          Bem que podia ser uma postagem sobre música do Planet Hemp mas dessa vez, infelizmente não é. Hoje estou falando da situação alarmante das queimadas em meu país, principalmente em áreas como Pantanal e Amazônia, cinturões verdes de biodiversidade. É fogo por todo o  território. É fumaça tóxica se espalhando pelo ar trazendo enfermidades. respiratórias à população.

      Aqui no Rio Grande do Sul, já fazem dias que o sol não aparece em sua plenitude, ofuscado por essa fumaça soprada das regiões norte, nordeste, centro-oeste e sudeste. Nosso céu tem permanecido cinza, nunca tinha visto isso antes, só quando passei, décadas atrás, pela maior capital da América do Sul, São Paulo.

      É preocupante  ver matas e florestas incendiadas sem trégua e o mais grave, há indícios de que grande parte desses incêndios são criminosos, ou seja, causados propositalmente por seres humanos.

       Oxalá as lideranças que estarão  reunidas em Mato Grosso de 10 a 14 de setembro, no Grupo de Trabalho de Agricultura pro próximo G20, encontrem em consenso, maneiras de exortar os líderes mundiais à  não ficarem em cima do muro. Que venham ao Brasil não a passeio, mas pra discutirem soluções objetivas pra frear de vez essa visão exploratória,  ultrapassada e criminosa que a maioria dos governos tem sobre o meio ambiente.

                                                               🙏

      

     

 

domingo, 1 de setembro de 2024

21 anos de militares no poder

 


            O movimento militar que em 1964 depôs o presidente João Goulart ocupou o poder máximo da Nação por 21 anos, a mais longa ditadura da história do Brasil. Uma época agitada, marcada pela forte oposição ao regime que governava o país e por uma igualmente forte repressão aos opositores. Censura nos meios de comunicação, tortura e cassação de direitos políticos mancharam o período. Nos planos econômico e social, foram os anos do Milagre Brasileiro, da Copa do Mundo de 1970, da rodovia Transamazônica, da ponte Rio-Niterói e, no final do regime, da crescente inflação e do aumento da dívida externa.

          Cinco militares ocuparam a Presidência da República no período: os marechais Humberto de Alencar Castello Branco e Arthur da Costa e Silva e os generais Emílio Garrastazu Médici. Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo. Os partidos políticos foram extintos. O bipartidarismo, com a Arena (situação) e o MDB (oposição), e as eleições indiretas para presidente da República, governador e prefeitos das capitais foram adotados ainda no início do governo militar.

            A mais drástica e autoritária das medidas do novo regime veio em 13 de dezembro de 1968: o ato institucional nº 5, o AI-5, que permitia ao presidente fechar o Congresso Nacional, dava poderes para suspender a garantia de habeas corpus em caso de crimes políticos contra a segurança nacional, cassava mandatos e suspendia direitos políticos. Sob a sombra do AI-5, os brasileiros viveram o período mais negro da repressão. No outro extremo, viveram também os anos do Milagre Econômico. Na primeira metade da década de 1970, o país experimentou taxas elevadas de crescimento do PIB, interrompidas pela crise internacional de 1974.

            Foi no governo Geisel, a partir de 1974, que o autoritarismo do regime começou a ceder. O AI-5 foi revogado, as denúncias de tortura diminuíram, a censura se tornou mais branda. Era o início da abertura política "lenta, gradual e segura", que resultou na anistia política de 1979. No plano econômico, o aumento do preço do petróleo fez a inflação disparar. A crise se agravou no governo Figueiredo, com inflação anual acima de 200%, a maior que o Brasil já havia registrado. Os militares deixaram o poder em 1985, quando Tancredo Neves foi eleito o primeiro presidente civil do país em mais de 20 anos.


Fonte: Jornal "Correio do Povo", 5 de outubro/2005- Edição Comemorativa  de 110 anos.