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sábado, 20 de outubro de 2012

Resenha- O Grande Pajé



          Resenha da escritora Pat Kovacs sobre o meu 2º livro, lançado em caráter oficial na 57ª Feira do Livro de Porto Alegre. Valeu Pat e saudações literárias aos ilustres visitantes do blog.

O Grande Pajé é uma coletânea totalmente anárquica e independente, produzida com uma noveleta, que dá o nome ao livro, e mais onze contos. Com a liberdade criativa que apenas um autor autopublicado pode dar ao seu trabalho, no livro se encontra desde textos narrativos mesclados à poesia, até cópia de panfleto, anúncio de jornal e receita gastronômica!

Há algo de religiosidade, regionalismo e brasilidade. Os personagens são reais, podendo ser o vizinho que mora ali na esquina, o pedestre que atravessa a rua lá de cima, a dona que só anda com aquele carrinho de feira, você mesmo e eu também.

Em todos os textos, Cesar Soares panfleta sobre as causas que milita: a Cannabis – pelo seu uso livre como qualquer outra erva – e a exploração animal – desde o consumo da carne e derivados até o uso para suprir a carência afetiva humana.

Este livro não trás uma simples leitura de entretenimento, muito pelo contrário. É uma leitura reflexiva, em que o autor aproveita de uma valiosíssima ferramenta – a Literatura – para expor suas ideias, seus conceitos e ainda ser o palco em que ele defende arduamente aquilo que acredita e trabalha para as mudanças acontecerem.

A seguir, comentarei sobre três contos, sintetizando o espírito da obra.

A noveleta “O Grande Pajé” reconta uma conhecida história do mundo cristão: o nascimento, a vida e a morte de Jesus. Neste texto, a história ganha contexto contemporâneo, mas na concepção de Cesar Soares, o fim é o mesmo, resumidamente: a humanidade continua a ser traiçoeira e hipócrita, e continua a oprimir e matar os seus iluminados, quando estes vem mostrar a questão mais básica e simples que existe, ameaçando o domínio de alguns sobre a massa: que o Poder está em nós.

“Amigo Bicho” tem o mesmo contexto anterior: mostra como, no final, o ser humano pode ser tanto traiçoeiro quanto hipócrita. De todos os contos, este foi o que mais me abalou, por seu final inesperado. Ainda agora, depois de tantos meses que já li o livro, sinto a dor emocional da pobre galinha que acreditava ser de estimação tanto quanto a cadelinha da casa, ficando para o leitor a mensagem: “Por que ama uns e come outros?”

Cesar é de uma admirável coragem quando prega em seus textos e palestras sobre o Veganismo, estando ele no estado mais carniceiro do país, o Rio Grande do Sul. Os textos “Aquele Vitelo”, “Meu Pequeno Tambo” e “O Fígado” aponta escancaradamente para essa questão do consumo desnecessário de produtos e alimentos de origem animal, condenando criaturas, com tanto direito à vida como nós, ao holocausto diário que terminará sempre com uma morte cruel – por mais “humanizada” que os defensores da indústria pecuária queiram fazer parecer. Tudo isso para o quê? Apenas por gula: seja a palatável, seja a consumista. Condena-se um ser a uma subexistência miserável e uma morte dolorosa e cruel por conta de apenas 3 segundos de paladar... E depois ainda querem que Deus alivie a barra quando essa pesa :/

Em “O Homem da Ganja”, o autor aponta a hipocrisia, tanto do Estado quanto dos cidadãos, sobre a criminalização da maconha. Essa questão eu também gostaria de saber: por que a Cannabis é criminalizada e o cigarro não, mesmo com os seus milhares de componente venenosos? Por que o usuário é marginalizado e o alcoólatra é socialmente tolerado? As drogas lícitas não são muito mais letais, inclusive a terceiros?

Com o livro “O Grande Pajé”, Cesar Soares deu a sua contribuição para “salvar o planeta”, como é a sua intenção literária confessada em entrevista. A sua semente plantada virou árvore e deu frutos, e estes estão disponíveis para todos aqueles que quiserem adquirir. Livro de entretenimento? Não tão somente. Livro para reflexão, principalmente.


                                   

domingo, 7 de outubro de 2012

Lei da Ficha Limpa





A chamada Lei da Ficha Limpa, antigo anseio popular, impede o político condenado por órgãos colegiados de disputar cargos eletivos. Foi aprovada no Congresso e sancionada por Lula em 2010, ano eleitoral. A aplicação da lei, porém, dividiu opiniões e levou a um impasse que só se resolveu cinco meses após a eleição, quando o Supremo decidiu que a regra só valerá em 2012. Numa análise rápida pode parecer uma derrota dos eleitores para os políticos corruptos. Não é. Ao decidir pela aplicação da lei apenas a partir de 2012, o tribunal preservou a segurança jurídica brasileira, um dos pilares da democracia


Fonte: //www. veja.com






A lei é uma ação punitiva à criminosos políticos ou suspeitos, ela visa impedir que políticos nessas situações atuem ou participem de eleições. O intuito disso é preservar a moralidade e conservar a integridade da máquina pública. Segundo seu  Artigo 41, será punido o candidato que ‘doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição’, as penas previstas na lei da ficha limpa prevêem desde multa de 1.000 a 50.000 reais á cassação do registro ou do diploma.
O grande trunfo dessa lei é que enfim ela constitui um mecanismo que busca punir os corruptos já que o atual sistema de CPIs era falho, uma vez que o acusado podia escapar da punição caso abandonasse o cargo antes do inquérito ser aberto. Com o advento da lei da Ficha Limpa, o político estando ou não em exercício do cargo é investigado e julgado. E se prevê que com afastamento dos corruptos as eleições poderão enfim escolher melhores líderes e garantir que o dinheiro publico seja respeitado.



Fonte: //www.resumododia.com