Páginas

terça-feira, 26 de maio de 2015

Homenagem a Clara Guerreira


O nome da cantora Clara Nunes era Clara Francisca Gonçalves Pinheiro. Ela nasceu em 12 de agosto de 1942, na cidade de Paraopeba, em Minas Gerais. E faleceu em 2 de abril de 1983, no Rio de Janeiro. 
Clara era a caçula dos sete filhos do casal Manuel Ferreira de Araújo e Amélia Gonçalves Nunes. Na cidade em que nasceu, que à época pertencia à Paraopeba, ela viveu até aos  16 anos.. Seu pai era marceneiro, mas era também violeiro e tocava nas festas de Folias de Reis. Mas morreu cedo, em 1944. E a mãe pouco tempo depois. A menina , fazia  catecismo na igreja Matriz Eucarística e cantava no coro da igreja. Acabou por ser cuidada pela irmã Dindinha, que se chamava Maria Gonçalves, e pelo irmão José, conhecido  como Zé Chilau. Toda a família gostava de música. E Clara cresceu ouvindo no rádio  Carmem Costa, Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso, Ângela Maria. Amava todas. 
Em 1952, Clara, com apenas 10 anos, venceu seu 1º concurso  de canto, organizado na cidade. Ela cantou: “ Recuerdos de Ypacaraí”. Como prêmio recebeu um vestido azul. Mas precisava trabalhar e foi ser tecelã, aos 14 anos.
Aos 16 anos, foi morar em Belo Horizonte, com outra irmã, pois seu irmão Zé Chilau assassinou um namorado dela, em 1957. Ela voltou a ser tecelã, na capital mineira, mas à noite  fez  o curso normal. Nos finais de semana, ensaiava no “Coral Renascença”, da igreja. Conheceu então o violonista Jadir Ambrósio, compositor do hino do Cruzeiro e ele se encantou com a voz dela, levando-a a vários programas de rádio. Ela se apresentava como Clara Francisca. 
No início de 1960, Clara conheceu Aurino Araújo, irmão de Eduardo Araújo, Aurino veio a ser namorado de Clara por dez anos.Ele a fez mudar de nome, para Clara Nunes.  No próprio ano de 1960, Clara venceu o concurso” A Voz de Ouro ABC”, cantando a música: “ Serenata do Adeus”, de Vinícius de Moraes, na fase mineira. Na fase nacional, que se realizou em São Paulo, Clara pegou o 3º lugar. 
Clara começou a cantar na Rádio Inconfidência Mineira, quando morava em Belo Horizonte, e depois em vários programas de televisão,pois foi para o Rio de Janeiro. Cantou no programas de “José Messias,” “Chacrinha”,no “ Almoço com as Estrelas”, e no de “ Jair Taumaturgo”. Cantava boleros. Depois conheceu escolas de samba e passou a cantar nelas e também em boates, em casas noturnas. Em 1965, passou em um concurso na gravadora Odeon, e gravou seu 1º disco: “ A Voz Adorável de Clara Nunes”.



Clara Nunes gravou cerca de 30 discos,  sendo alguns de estúdio, outros ao vivo, e alguns foram tributos a ela, após sua morte. 
 Seu primeiro disco foi lançado pela Rádio Inconfidência. Mas ela  ficou conhecida em todo o Brasil e mesmo no exterior. Em 1974, integrou a comissão que representou o Brasil no “Festival de Midem”, em Cannes. Em 1979, participou do LP: “ Clementina”, com Clementina de Jesus. Nesse ano, Clara sofreu uma grave operação, para retirada do útero, por causa de miomas e de abortos espontâneos que sofreu. Queria muito ser mãe , o que não conseguiu. Para compensar essa mágoa, dedicou-se inteiramente à arte, compondo músicas também.  
Principais músicas que gravou:” A Beleza que Canta”;” Clara Clarice Clara”; “Brasileiro, Profissão Esperança”;” Claridade”;”Canto Das Três Raças”; “ Nação”; “Guerreira”;  “Esperança”; “ Brasil Mestiço”; “Clara”; “ Poeta, Moça e Violão”; “Sucessos de Ouro”; “Clara Morena”; “ Alvorecer”;” A Deusa dos Orixás”; “ O Canto da Guerreira”; “ 10 Anos”; “ Para Sempre Clara”; “ Clara Nunes Canta Tom e Chico”; “ Mestiça”; “ Sempre”; “ Brasil Mestiço”( que fez muito sucesso e que inclui a música: “ Morena de Angola”). Músicas tributos á ela: “Clara Nunes Com Vida”;” Claridade”; “ Um Ser de Luz”.  DVD: “ Clara Nunes”- Coletânea dos videoclipes da cantora, exibidos no programa: “ Fantástico”, da Rede Globo.   
Vários outros discos foram feitos em sua homenagem. Citemos: “ Flor do Interior”, no disco: “ Doce Recordação” e que foi lançado no Japão. “ Clara”; e vários outros. 
A  morte de Clara Nunes chocou todo o Brasil. Ela estava com apenas 40 anos e com aparência totalmente saudável. Foi fazer uma leve cirurgia, para retirada de varizes, mas teve uma reação alérgica a um anestésico e sofreu parada cardíaca. Ficou 28 dias  na UTI da Clínica São Vicente, do Rio e faleceu no dia  2 de abril de 1983. Todo mundo chorou sua morte.


Fonte: museudatv.com.br




quinta-feira, 21 de maio de 2015

Organização da Unidade Africana

          


          Chefes de Estado africanos, liderados pelo imperador etíope Haile Selassie,  se reuniram na cidade de Adis Abeba, na Etiópia, em 25 de maio de 1963, para enfrentar a subordinação que o continente vinha sofrendo há tempos. A tal subordinação chamou-se colonialismo, neocolonialismo ou partilha da África, que até à data da reunião ainda sofriam de apropriação forçada das suas riquezas humanas e naturais.
          Na ocasião, fundou-se a Organização da Unidade Africana (OUA), sendo conhecida hoje como União Africana. A ONU, em 1972 reconheceu a importância desse encontro e instituiu o dia 25 de maio como o Dia de África, que simboliza a luta dos povos do continente africano pela sua independência.


Fonte: reggaedovale.com.br



Acrescento aqui, as minhas saudações à esse fascinante continente, que luta até hoje para consolidar a sua descolonização.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

A Trilha




                                   Sou trilha das águas mansas.
                            Sou trilha de uma criança.
                            Sou sol da liberdade.
                            Sou o moro que encanta
                            Sou mãe natureza.
                            Meus olhos não se calam.
                            Sou afago
                            Sou brisa.
                            Sou relva.  
                            Sou selva!
                            Sou negro, sou gueto.
                            Sou trilha da liberdade.
                            Sou menino descalço do preconceito.
                            Nas ondas das águas mansas.   
   

                                                             Vera Lucia Machado de Oliveira
                                                         

domingo, 3 de maio de 2015

Jamaica libera uso religioso da cannabis

            


             Reggae, rastafari e maconha estão para a Jamaica  como samba, carnaval e futebol para o Brasil. Por isso, pode soar estranho que só agora o consumo de ‘ganja’ tenha sido finalmente autorizado por lei. De tão amplamente queimada na terra de Bob Marley, alguns dirão que nem precisava dessa formalidade, afinal, como se diz por lá “Jamaica no problema“. Depois do estado americano de Ohio e do Uruguai, a maconha está liberada para uso médico, com receita, e religioso, como fazem os rastafáris. A quantidade prevista na lei por pessoa é de 57 gramas para porte e até cinco plantas para cultivo.
          A legalização foi motivo de debate por anos, uma reivindicação dos seguidores do rastafarianismo —religião para uns, filosofia para outros — segundo a qual a planta é sagrada e uma forma de elevar a alma. Para os rastafáris, a legalização é a conquista do direito de exercer plenamente sua religião. “É uma vitória na luta por nossos direitos, mas ainda há muito o que fazer“, afirmou Delanoë Seiveright, militante e diretor da Força Tarefa para Comércio e Uso Medicinal da Cannabis, ao jornal francês Le Figaro . Nos próximos meses, o legislativo da Jamaica decidirá os detalhes do “uso medicinal” da erva.


Fonte: www.boainformaçao.com







BRASIL, LEGALIZA DILMA VEZ!