Páginas

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Ano-novo





O ano-novo dura tão somente um dia,
Depois ele envelhece e é despejado na pia,
Levado pela água fria, que enxagua as louças.
As suas horas são tão poucas, que até podem ser contadas.
As pessoas abraçadas, percebem o quanto é bom,
Embaladas pelo som que a rádio está tocando.
E os minutos vão passando, sem que ninguém perceba,
Até que alguém vá e beba, o que resta da champanha.
Crescem já teias de aranha, na casa toda enfeitada,
Que fora toda arrumada, naquele dia especial.

Um abraço apertado, tal qual no ano passado.
Já está tudo programado, como num computador.
Fica lá fora o rancor, só esperando pra voltar,
Quando o ano-novo acabar e voltarmos à rotina,
Para nossa triste sina, de viver cada um por si.

Sejamos mais verdadeiros, nesse meses inteiros,
Pois momentos passageiros, não chegam a se firmar.
Num segundo, num piscar, a lua desaparece,
E o sonhador aí padece, na crua realidade,
Sabe que a felicidade é um Ano-novo eterno,
Onde as portas do inferno, não hão de prevalecer.


                        
                                      Cesar S. Farias






Um belo e justo 2013 pra todos nós!






domingo, 16 de dezembro de 2012

Postagem natalina

         


             

                   Se um censor pudesse contabilizar quantos vezes a palavra PAPAI NOEL, personagem de mentirinha, ocupa outdoors, páginas de jornais, canais de rádios, emissoras de TV's e rodas de conversa durante o período de natal, chegaríamos, sem sombra de dúvida, à casa dos milhares. Em contrapartida, timidamente, na outra ponta das estatísticas, encontraremos um Jesus rejeitado, esquecido e boicotado, que nenhuma homenagem recebe em seu próprio aniversário.
          Até quando perpetuaremos esse insulto ao Senhor dos senhores, que enfrenta a desleal concorrência de um velho obeso com pinta de super-herói? Com excessão dos já escassos presépios, pouquíssimas opções existem no comércio para os que, heroicamente, tentam ainda celebrarem o verdadeiro espírito dessa festa cristã. Os sinos, trenó e demais apetrechos do Papai Noel são abundantemente oportunizados nas vitrines de todo o país, movimentando o moinho de um lucrativo mercado, alicerçado na mentira e avidez por lucros econômicos.
          A gente, individualmente, pode começar a reverter tudo isso. Se quem tiver filho, ensiná-lo a lembrar e multiplicar pensamentos sobre o Cristo nessa época, uma semente de mostarda pode estar sendo lançada ao chão. Quando crianças, automaticamente, estamos propensos a seguirmos as mesmas tradições e celebrações de nossos pais, encarando-as como passatempos que devemos executar ao longo de nossas vidas. É por isso que torna-se imprescindível divulgarmos essa idéia e contarmos tão somente a verdade aos pequenos que criamos e tentamos educar. Da mesma forma, quem não experimenta os ditames da maternidade ou paternidade, pode focalizar a atenção em lembranças que remetam a gloriosa presença do Messias entre o povo, fazendo de si a própria revolução.
          O Papai Noel, á meu ver, é um ser nocivo e repugnante que afasta a fé das pessoas em valores que Deus em pessoa veio para ensinar. A sua presença inspira desejo de gastar e hipocritamente distribuir presentes aos entes queridos, sempre na secreta intenção de receber algum embrulho em troca. Já diz a própria escritura, que luz e trevas não podem conviverem juntas. Aos que deram-se ao trabalho e paciência de visitarem-me, conclamo-os à esta reflexão sobra a data. Se possível, entre 24 e 25 de dezembro, (próxima segunda e terça-feira respectivamente) comemorem o nascimento do Menino Deus e desfrutem momentos de júbilo, alegria, generosidade e amizade que exercitem as lições deixadas por esse grande e incontestável JESUS DE NAZARÉ.

           Um agradável natal à todos. Que o mundo cada vez mais vá entrando nos eixos em 2013.


                           Cesar S. Farias

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Super Mega Promo de Natal


                                    
Regras para os participantes do sorteio:
Regras obrigatórias:

* Possuir endereço de entrega no Brasil.
* Seguir Publicamente TODOS os Blogs.
* Comentar no post da promoção confirmando sua participação.
(Não precisa ser em todos os blogs.. Apenas em um deles..)
LEIA ATENTAMENTE AS OBSERVAÇÕES ABAIXO:
  1. Basta seguir as regras obrigatórias através do Rafflecopter. As opções que abrirão após as citadas acima não são obrigatórias, mas uma vez feitas, lhe dão muito mais chances de ganhar.

    2. O ganhador terá 3 dias para responder o e-mail que lhe será enviado ou um novo sorteio será realizado.

    3. Se o ganhador não tiver seguido alguma das regras obrigatórias, será desclassificado sem aviso prévio. E assim um novo sorteio será realizado.

    4. Não nos responsabilizamos pelo pagamento de um segundo frete caso o livro retorne por qualquer motivo.

    5. Cada blog será responsável pelo envio do seu livro e terá até 30 dias para enviá-lo.

    6. A promoção inicia hoje, dia 03/12 e termina no dia 05/01.

    7. Os nomes dos ganhadores serão divulgados no dia 06/01.
Para participar clique aqui:




domingo, 25 de novembro de 2012

O mês da Consciência Negra.

                      


                         Todos que, como eu, são a favor da igualdade racial e da justiça igualitária, para pobres e ricos, estão exultantes com a recente nomeação de Joaquim Barbosa como Ministro Chefe do Supremo Tribunal Federal. Como o próprio nome já diz, o Supremo Tibunal é a mais alta ramificação de justiça em nosso país, por  isso as perspectivas desse momento histórico são boas. Que a verdade verdadeira venha á tona. Que os crimes do colarinho branco e outras maracutaias do poder sejam devidamente trazidos á tona.
          Em particular, saúdo meus irmãos e irmãs negras pela passagem desse mês tão especial para nós, descendentes dessa rica cultura que merece o seu devido respeito. Obrigado ao Senhor Deus por esse presente de natal antecipado, que é a ascensão de Joaquim Barbosa ao topo da mais alta corte brasileira.
          Um Axé! Para negros, brancos, índios e mestiços leitores. Fiquem com um pouco da biografia do homem.

       
                                     

 Cesar S. Farias





Joaquim Barbosa toma posse como primeiro presidente negro do STF

                                

           O ministro Joaquim Barbosa, relator do julgamento do mensalão, se tornou nesta quinta-feira o primeiro negro a assumir a presidência da principal corte de Justiça de um país onde 50,7% da população se declara descendente de africanos.
          Barbosa, um magistrado de origem humilde e infância difícil, assumiu  um mandato de dois anos como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e simultaneamente do Conselho Nacional de Justiça, órgão responsável da gestão, regulação e fiscalização de todo o Poder Judiciário no Brasil.
          O ministro, que alcançou notoriedade nos últimos meses por sua função no processo que condenou por corrupção importantes aliados do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a presidência do STF em cerimônia cheia de simbolismo para um país no qual os pobres são majoritariamente negros.
         "Em uma sociedade como a nossa, com uma grande presença de negros, é algo que fala muito bem do país, de nossa democracia, que, pela primeira vez, um negro chegue à presidência do Supremo", afirmou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
          O procurador disse estar "seguro que o magistrado Joaquim Barbosa dará uma magnífica contribuição à construção de nosso sistema de Justiça" e acrescentou que é um momento para celebrar.
           Barbosa, de 58 anos e magistrado da corte desde 2003, não é o primeiro negro a chegar ao Supremo, já que pelo tribunal passaram antes dois afrodescendentes, Pedro Lessa entre 1907 e 1921 e Hermenegildo de Barros entre 1919 e 1937, mas é o primeiro a assumir a presidência do Poder Judiciário.
          O próprio Barbosa, de 58 anos, destacou o momento histórico ao convidar destacadas personalidades negras do país para o ato de hoje, do qual também participaram a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado, José Sarney, vários ministros,  líderes políticos e parlamentares.
          Entre os convidados especiais do magistrado, além de seus familiares, estavam o cantor Martinho da Vila e os atores Lázaro Ramos e Milton Gonçalves.
          O novo presidente do Supremo, um poliglota que fala inglês, espanhol, alemão e francês, é filho de um pedreiro e uma dona de casa que subiu na vida pública graças a sua capacidade intelectual.
         Em seu primeiro pronunciamento como novo presidente do STF, Barbosa assegurou que uma revisão da história brasileira nas últimas seis décadas mostra a "bem-sucedida trajetória de um povo que soube sair da posição de quase pária no contexto internacional e passou a ser uma das nações mais destacadas no mundo".
          O magistrado antecipou que, durante seu mandato, lutará principalmente para garantir uma "razoável" duração dos processos, a independência dos julgamentos dos poderes políticos e a igualdade para todos, principalmente as minorias.
          Barbosa acrescentou que lutará por uma maior inserção do Poder Judiciário na vida institucional brasileira em um momento em que nos "tribunais já são discutidas os cada vez mais centrais assuntos de interesse da vida do cidadão comum".
          Nos discursos pronunciados no ato foram destacados exatamente os apontamentos de Barbosa em sentenças nas quais o Supremo assentou precedentes sobre assuntos como a descriminalização do aborto, as políticas afirmativas e o combate à discriminação dos homossexuais.
          O magistrado alcançou uma popularidade inédita para um juiz no Brasil, ao ponto que as máscaras com seu rosto estão entre as mais encomendadas para o Carnaval do próximo ano.
          A contundência de seu relatório como relator do mensalão foi determinante para a condenação da maioria dos 37 acusados de casos de corrupção durante o primeiro mandato de Lula, entre eles o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, durante décadas um fiel escudeiro do então presidente.


                                                

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Série Encantados- Resenha

         





         Comentar a Série Encantados, projeto concebido, batalhado e concretizado pela Patrícia, autora de ímpar capacidade criativa, ativa-me sentimentos antagônicos que remetem-me aos primórdios da elaboração dessa obra. Se, por um lado, me sinto um tanto envergonhado pela preguiça que impediu-me de resenhar antes esse episódio piloto da série, virando a moeda, fico honrado em ter sido um dia convidado pela autora a participar dessa ousada e ambiciosa empreitada. Considero de uma admirável coragem, alguém conduzir narrativas distintas entre si, em formato de novelas, ao longo de um extenso número de capítulos. Somente uma escritora centrada em suas metas artísticas consegue apresentar aos leitores uma opção de entretenimento literário como essa. Na época do convite, um dos fatores que mais inclinou-me a olhar com bons olhos o projeto, foi a abrasileirada proposta de se fazer literatura fantástica com elementos do nosso folclore e sobrenatural. Por que, de fato, precisamos ficar reverenciando as lendas e costumes do outro lado do Oceano Atlântico, se bem aqui, em nossa cultura, possuímos uma gama de personagens e entidades místicas que aguçam a curiosidade, temor e devoção de todos nós?
            Em “Encantados”, o amplo sincronismo entre elementos da Umbanda e fábulas dos quatro continentes, repletas de samurais, guardiões e demônios inclementes, é marcante e permeia todos os episódios de estréia da série. Patrícia faz uma justa homenagem à religiosidade que compões o vasto panteão de deuses e semideuses presentes na tradição popular desde tempos ancestrais, em grande parte inspirada na mitologia africana.
            Foi ela novamente, a preguiça, quem impediu-me de naquela época conceber uma história que se encaixasse no contexto sugerido por Pat. Dedutivamente, isso me faz crer que um contista como eu é, na verdade, um escritor preguiçoso que se nega a trabalhar em extensos e intermináveis textos. Quando me deparo frente a criações de tal envergadura, verdadeiras sagas, não me resta outra reação a não ser maravilhar-me e aplaudir, em atitude de reconhecimento a quem de fato trabalha e extravasa em linhas o seu universo criativo.
             A autora constrói as tramas com tal mistério e adrenalina, que o leitor sente de fato curiosidade de acompanhar a seqüência inteira, seduzido pela dinâmica das histórias. A luta entre a luz e as trevas pontua majestosamente todas as novelas que compõe a obra, numa ode à coragem, a determinação, a disciplina e a força. Força que move os braços de  todos os guerreiros que defendem com ímpeto as causas que acreditam. Peculiarmente, chamou-se a atenção tamanha desenvoltura com que ela extrai da luta bem X mal, enigmas nos quais os personagens, somente a longo prazo, revelam o time em que jogam. Isso acontece, marcantemente, em “Raptores”, onde homens e feras misturam-se e repelem-se demonstrando apenas parcialmente as suas verdadeiras intenções. Mesmo não explicitamente, a mensagem otimista e revigorante é uma característica perceptível aos olhares mais atentos, entre os quais, sem falsa modéstia, coloco-me eu. Histórias de superações, mesmo as mais fantásticas e fictícias, têm o dom de inspirarem confiança, e isso acontece em Encantados diversas vezes. Tive gana de transformar-me em samurai, saindo em busca do instrutor que lapidaria o meu diamante bruto. Tive, primordialmente, esperança na vitória da luz, apesar de todas as mazelas que atualmente afligem a sociedade.
            Faço também, uma justa alusão ao bônus track do escritor porto-alegrense Alex D’Guyan, que abrilhantou o livro com “Sol Negro & Lua Branca, novela que se harmoniza graciosamente ao estilo de Patrícia, esbanjando familiaridade com elementos da cultura cigana.
            Sinto, de fato, curiosidade em saber o que reserva o destino para esses tantos personagens, e isso atesta o êxito da obra, criada para entreter á longo prazo os amantes da boa escrita e ávidos por aventuras. Um grande escritor ou escritora, segundo penso, não se constrói ou consolida com uma só obra, mas sim através do histórico e dedicação apresentados ao longo da carreira. Sem bajulações formais e desnecessárias, estamos diante de uma séria candidata ao posto.

     
                                                  
                                                      Pitadas de Encantamento

AMALDIÇOADOS-  Após sangrenta batalha contra um vampiro que, momentos antes tomara a vida de uma criança, a caçadora de demônios Mohini, apesar do triunfo na luta, oferece-nos angustiantes momentos de dor física e moral diante do inanimado corpo da inocente. Não conseguia evitar o sentimento de impotência que a assolava. Era como se tudo que tivesse feito em sua vida não fizesse sentido. Não quando havia tanta crueldade no mundo.  No limite das suas forças, é acudida por um misterioso benfeitor, que a conduzirá para uma viagem restauradora.

FILHOS DO DIABO- Uma agradável e convidativa noite quente de verão torna-se um tormento para Maria Padilha, que resolve puxar assunto com um desconhecido na praça. Vampiros astrais acabam quebrando a aparente monotonia sob o luar.

ORISHÁS- Num período crítico, de degradação moral da humanidade, monstros são atraídos magneticamente para a atmosfera do planeta, praticando abomináveis crimes insuflados por bárbaros instintos. O clima de total insegurança compadece os orishás, que em conselho decidem buscar a única guerreira capaz de pôr termo aquele lento suplício. Foluke, a mestiça nipo-brasileira, de belos e bastos cabelos negros encaracolados e pele trigueira, filha de um respeitado babalorixá, têm em mãos a inadiável missão.

RAPTORES- Nessa novela, Patrícia tremula forte o seu estandarte verde e, não por acaso, faz desse o meu momento predileto da obra. A Dra. Luzmarina Lopes, bióloga ligada á um grupo de cientistas ambientalistas unidos para preservar florestas nativas em todo o mundo, coleta amostras do solo em plena floresta da Península Ibérica. Rodeada por homens, bestas e guardiões da floresta, vê-se em perigo por confrontar poderosos interesses econômicos dos predadores naturais do planeta.  


Para adquirir :

http://www.clubedeautores.com.br/books/search?utf8=%E2%9C%93&what=pat+kovacs&sort=&commit=BUSCA

sábado, 20 de outubro de 2012

Resenha- O Grande Pajé



          Resenha da escritora Pat Kovacs sobre o meu 2º livro, lançado em caráter oficial na 57ª Feira do Livro de Porto Alegre. Valeu Pat e saudações literárias aos ilustres visitantes do blog.

O Grande Pajé é uma coletânea totalmente anárquica e independente, produzida com uma noveleta, que dá o nome ao livro, e mais onze contos. Com a liberdade criativa que apenas um autor autopublicado pode dar ao seu trabalho, no livro se encontra desde textos narrativos mesclados à poesia, até cópia de panfleto, anúncio de jornal e receita gastronômica!

Há algo de religiosidade, regionalismo e brasilidade. Os personagens são reais, podendo ser o vizinho que mora ali na esquina, o pedestre que atravessa a rua lá de cima, a dona que só anda com aquele carrinho de feira, você mesmo e eu também.

Em todos os textos, Cesar Soares panfleta sobre as causas que milita: a Cannabis – pelo seu uso livre como qualquer outra erva – e a exploração animal – desde o consumo da carne e derivados até o uso para suprir a carência afetiva humana.

Este livro não trás uma simples leitura de entretenimento, muito pelo contrário. É uma leitura reflexiva, em que o autor aproveita de uma valiosíssima ferramenta – a Literatura – para expor suas ideias, seus conceitos e ainda ser o palco em que ele defende arduamente aquilo que acredita e trabalha para as mudanças acontecerem.

A seguir, comentarei sobre três contos, sintetizando o espírito da obra.

A noveleta “O Grande Pajé” reconta uma conhecida história do mundo cristão: o nascimento, a vida e a morte de Jesus. Neste texto, a história ganha contexto contemporâneo, mas na concepção de Cesar Soares, o fim é o mesmo, resumidamente: a humanidade continua a ser traiçoeira e hipócrita, e continua a oprimir e matar os seus iluminados, quando estes vem mostrar a questão mais básica e simples que existe, ameaçando o domínio de alguns sobre a massa: que o Poder está em nós.

“Amigo Bicho” tem o mesmo contexto anterior: mostra como, no final, o ser humano pode ser tanto traiçoeiro quanto hipócrita. De todos os contos, este foi o que mais me abalou, por seu final inesperado. Ainda agora, depois de tantos meses que já li o livro, sinto a dor emocional da pobre galinha que acreditava ser de estimação tanto quanto a cadelinha da casa, ficando para o leitor a mensagem: “Por que ama uns e come outros?”

Cesar é de uma admirável coragem quando prega em seus textos e palestras sobre o Veganismo, estando ele no estado mais carniceiro do país, o Rio Grande do Sul. Os textos “Aquele Vitelo”, “Meu Pequeno Tambo” e “O Fígado” aponta escancaradamente para essa questão do consumo desnecessário de produtos e alimentos de origem animal, condenando criaturas, com tanto direito à vida como nós, ao holocausto diário que terminará sempre com uma morte cruel – por mais “humanizada” que os defensores da indústria pecuária queiram fazer parecer. Tudo isso para o quê? Apenas por gula: seja a palatável, seja a consumista. Condena-se um ser a uma subexistência miserável e uma morte dolorosa e cruel por conta de apenas 3 segundos de paladar... E depois ainda querem que Deus alivie a barra quando essa pesa :/

Em “O Homem da Ganja”, o autor aponta a hipocrisia, tanto do Estado quanto dos cidadãos, sobre a criminalização da maconha. Essa questão eu também gostaria de saber: por que a Cannabis é criminalizada e o cigarro não, mesmo com os seus milhares de componente venenosos? Por que o usuário é marginalizado e o alcoólatra é socialmente tolerado? As drogas lícitas não são muito mais letais, inclusive a terceiros?

Com o livro “O Grande Pajé”, Cesar Soares deu a sua contribuição para “salvar o planeta”, como é a sua intenção literária confessada em entrevista. A sua semente plantada virou árvore e deu frutos, e estes estão disponíveis para todos aqueles que quiserem adquirir. Livro de entretenimento? Não tão somente. Livro para reflexão, principalmente.


                                   

domingo, 7 de outubro de 2012

Lei da Ficha Limpa





A chamada Lei da Ficha Limpa, antigo anseio popular, impede o político condenado por órgãos colegiados de disputar cargos eletivos. Foi aprovada no Congresso e sancionada por Lula em 2010, ano eleitoral. A aplicação da lei, porém, dividiu opiniões e levou a um impasse que só se resolveu cinco meses após a eleição, quando o Supremo decidiu que a regra só valerá em 2012. Numa análise rápida pode parecer uma derrota dos eleitores para os políticos corruptos. Não é. Ao decidir pela aplicação da lei apenas a partir de 2012, o tribunal preservou a segurança jurídica brasileira, um dos pilares da democracia


Fonte: //www. veja.com






A lei é uma ação punitiva à criminosos políticos ou suspeitos, ela visa impedir que políticos nessas situações atuem ou participem de eleições. O intuito disso é preservar a moralidade e conservar a integridade da máquina pública. Segundo seu  Artigo 41, será punido o candidato que ‘doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição’, as penas previstas na lei da ficha limpa prevêem desde multa de 1.000 a 50.000 reais á cassação do registro ou do diploma.
O grande trunfo dessa lei é que enfim ela constitui um mecanismo que busca punir os corruptos já que o atual sistema de CPIs era falho, uma vez que o acusado podia escapar da punição caso abandonasse o cargo antes do inquérito ser aberto. Com o advento da lei da Ficha Limpa, o político estando ou não em exercício do cargo é investigado e julgado. E se prevê que com afastamento dos corruptos as eleições poderão enfim escolher melhores líderes e garantir que o dinheiro publico seja respeitado.



Fonte: //www.resumododia.com

domingo, 30 de setembro de 2012

Homem do terno

              




Homem do terno, me diz agora,
como é que eu devo me comportar,
nesse momento, nesse lugar,
e em cada hora e parte que eu vou
Tu não sabes como é que eu sou,
mas nessa roupa queres me fechar,
pois só assim podes me aceitar
Tu vês cara e não coração
Jogas tudo em minha cara,
E achas que eu não estou de cara

Hoje é dia de riso ou choro?
Vejas tu no calendário,
Enquanto vejo no dicionário,
uma palavra para ti
A palavra escolhida não deve apenas ser lida,
mas entoada num refrão
A hora enfim já chegou
Afiem o machado, vocês da minha geração
Há uma nova canção,
Já ecoando pelo ar
Preparem logo o caminho,
e nele vamos andar

Nada de novo embaixo deste sol
Nem mesmo o homem do terno,
que cobre a roupa no inverno
e espera outra estação
Quando o frio vai embora,
ele, elegante, retorna
ditando as regras da moda

Homem do terno, decida,
quem fica com essa vaga
Me mande logo pra casa,
se não sirvo pra você
Na próxima entrevista,
vou copiar de uma revista,
tudo que devo dizer
Nada restou a fazer
Até aqui você venceu
Mas o futuro é problema meu,
é problema seu, é problema nosso
Eu sei que agora eu posso,
Entoar meu canto de guerra.
                                 
                       ***

                                        
                                                                     Cesar S. Farias

                                                         

sábado, 15 de setembro de 2012

Usuário




Um dos nomes mais polêmicos da música brasileira está de volta para uma turnê meteórica. O Planet Hemp toca primeiro no Rio de Janeiro e depois desembarca no dia 29 de setembro, no Pepsi on Stage, para um show exclusivo e sem precedentes. O grupo de rap e rock, formado em 1993, não se apresenta com a sua formação original desde 2010, quando tocou em uma festa a convite da MTV. O show especial programado para Porto Alegre vai mostrar o repertório do disco “Usuário” na íntegra e muitas outras surpresas.
PLANET HEMP
A curta carreira do Planet Hemp esteve envolvida com sucessos e muita polêmica. Com um estilo pioneiro no Brasil, que misturava rap e rock, Marcelo D2 (vocal), BNegão (vocal), Black Alien (vocal e DJ), Rafael Crespo (guitarra), Formigão (baixo), Zé Gonzales (DJ) e Pedrinho (bateria) conquistaram rapidamente o reconhecimento da crítica e do público. O álbum “Usuário”, de 1995, premiou os caras com Disco de Ouro e impulsionou o nome da banda a partir de sucessos como “Legalize Já”, “Mantenha o Respeito” e “Fazendo a Cabeça”.

O grupo se mostrava completamente antenado com as novas tendências do rock norte-americano e buscavam influências da cultura negra como meio de renovação. Os shows eletrizantes e a postura ousada do seu líder Marcelo D2 transformaram a filosofia do Planet Hemp quase que numa religião. A turnê do segundo disco, com o profético título “Os Cães Ladram mas a Caravana Não Para”, levou multidões aos shows e condecorou o Planet Hemp com o Disco de Platina.
Cada vez mais reconhecidos como um grupo à frente do que era feito na época, a tensão entre o discurso da banda e as autoridades culminou com a prisão dos integrantes do Planet Hemp durante um show em Brasília, em 1997, por suposta apologia às drogas. Mas o tiro saiu pela culatra. Com a prisão, políticos, ONG’s e artistas levantaram-se contra a arbitrariedade da polícia. O Planet Hemp, com músicas nas rádios e com discos esgotados em muitas lojas, iria se tornar uma das bandas nacionais mais famosas e respeitadas a partir daquele momento. O show exclusivo em Porto Alegre promete ser memorável justamente por relembrar os anos dourados do grupo que reinventou o rap e o rock no Brasil.

Fonte: poashow.com.br








domingo, 2 de setembro de 2012

O lado macabro da Expointer




Edição 2012
Uma das maiores do Mundo

O Parque de Exposições Assis Brasil, uma área de 134,09 hectares localizada no município de Esteio, ao lado da BR 116, é sede de uma das maiores e mais importantes exposições-feira do Mundo, a Expointer. Foram nove dias, entre 25 de agosto a 2 de setembro, em que o Rio Grande do Sul mostrou ao mundo as suas principais riquezas, fruto do trabalho de sua gente.

A cara e o jeito do Gaúcho

A convivência fraterna e harmoniosa entre o homem do campo e o homem urbano, numa verdadeira simbiose, retratam o ser único que é o gaúcho. De um lado, o produtor, o tratador de animais, o fabricante, o artesão, o artista. De outro, aqueles que vivem na cidade e que, nesta época do ano se reencontram e redescobrem suas raízes. Temos uma cara e um jeito que nos diferenciam.



Diversidade

Cerca de sete mil e novecentos animais representando mais de 183 raças. Cerca de três mil expositores. Vendas superiores a 850 milhões de reais. Mais de 390 eventos entre palestras e seminários. Mais do que grandeza, os números da última edição nos dão a certeza de que a Expointer espelha a diversidade e a pujança da economia gaúcha.




          Tarso Genro, governador do  Rio Grande do Sul, em declaração durante entrevista à radio, na solenidade de abertura do evento, sintetizou o pensamento distorcido dos ruralistas gaúchos em relação aos animais. Nas suas próprias palavras, o ocupante número um do Palácio Piratini (sede do governo estadual), disse que a Expointer é uma oportunidade rara para que as pessoas, desacostumadas ao contato com o campo e a natureza, possam conhecer os alimentos em suas origens. As crianças, segundo ele, saem particularmente beneficiadas dessa interação saudável com os animais, aprendendo, através desse contato, donde provém o saboroso prato servido diariamente às suas mesas.                      
          Poucas vezes escutei tamanha hipocrisia e disparidade disfarçadas de intelectualidade cultural. Qual o sentido educativo de afagar uma indefesa ovelha hoje, em frente às câmeras de emissoras locais, e amanhã financiar ou executar doloroso suplício contra ela? Os animais, lamentavelmente, são vistos pela turma da Expointer, como moeda de troca e principal item do seu suculento cardápio. Desempenham, consequentemente, papel inferior e grande ao mesmo tempo, pois da mesma forma que esses mamíferos de quatro patas são desprezados por não possuírem inteligência tão desenvolvida quanto a nossa, são valorizados no que tange as propriedades nutricionais ou sabor de suas carnes.

          Vejo como uma piada de extremo mau gosto essa história de amor e carinho pelos animais que eventos como esse tentam encenar. Influenciado pelas ponderadas palavras de Tarso, que defende com naturalidade a carnificina que envolve a atividade pecuária, gostaria de propor aos ilustres organizadores da próxima edição, que exibam em telões, ao longo do Parque, todas as etapas da cadeia produtiva. Que seja mostrado, à jovens, crianças e adultos, como são feridos até a morte os nossos pequenos irmãos, escravizados pelo apetite e ambição humanas
          Porque não, Sr.Governador, tornarmos públicas as covardes cenas executadas aos milhares, diariamente, em abatedouros de frigoríficos espalhados por todo o Estado? Vamos ensinar dessa forma, ludicamente, os nossos filhos a valorizarem o churrasco e o bife que degustam.  
          Vivas para a Expointer!


                    Cesar S. Farias






domingo, 26 de agosto de 2012

Verdades sobre a maconha



Um pouco da história da maconha
Originária da região do norte do Afeganistão,a planta Cannabis Sativa, a maconha, é utilizada há aproximadamente 6.000 anos. O primeiro escritor a mencionar o uso do cânhamo em cordas e tecidos é Heródoto, um historiador grego que é considerado o pai da história.
A fibra do cânhamo, presente no caule da maconha, foi muito utilizada nas cordas e velas dos navios gregos e romanos, e era usada também para fabricar tecidos, papel, palitos e óleo.
A maconha também era muito utilizada na medicina: na Grécia era utilizada para tratar de prisões de ventre e dores de ouvido. Na China e na Índia, assim como em povos africanos e indígenas, era utilizada para curar prisão de ventre, malária, reumatismo, dores menstruais e como analgésico.
Na Índia, a maconha era usada na medicina ayurvédica e na religião hindu. Na mitologia, era a comida favorita do deus Shiva e por isso, tomar bhang, uma bebida que contém maconha, aproximaria Shiva. A tradição Mahayana do budismo diz que antes de alcançar a iluminação, Buda passou seis anos comendo uma semente de maconha por dia, nada mais.
Já conhecida nos tempos do Império Árabe, a maconha ganhou popularidade entre os muçulmanos quando foi proibido o consumo de bebidas alcoólicas e o seu uso só diminuiu na Idade Média.
O cultivo da maconha se expandiu da Índia para Mesopotâmia e depois para o Oriente Médio, onde já era conhecida. Daí se espalhou para a Ásia, depois para a Europa e desta para a África, onde passou a fazer parte de rituais de certas tribos.
As plantações da maconha na Europa eram destinadas à fabricação de produtos com a fibra do cânhamo e raramente era consumida como droga alucinógena.
Durante a Renascença, a maconha era um dos principais produtos agrícolas da Europa, tendo grande importância econômica: as fibras do cânhamo eram usadas para fazer tecidos, papel e telas para pinturas. No século XV, os livros impressos depois da revolução de Johannes Gutemberg, o inventor da imprensa, eram feitos de papel de cânhamo, assim como as velas e as cordas das caravelas.
O cristianismo, que só aceita entre as drogas o álcool, começou a desenvolver uma certa antipatia com as plantas alucinógenas durante a Inquisição, uma vez que algumas das bruxas que foram queimadas, eram, na verdade, curandeiras que usavam plantas para curar as pessoas.
Quando invadiu o Egito, Napoleão proibiu o plantio da maconha, pois era de lá que vinha o cânhamo que abastecia a Inglaterra. Porém, suas ordens foram ignoradas: não somente o cultivo da planta, mas também o hábito egípcio de fumar haxixe continuaram. O tal hábito chegou a virar moda entre os intelectuais da Europa.
A maconha foi trazida para a América do Sul pelos colonizadores e as primeiras plantações foram feitas no Chile, pelos espanhóis. No Brasil, chegou no século XVI, trazida pelos escravos africanos que a utilizavam em rituais de Candomblé.
Foi então incorporada a algumas tribos indígenas, em seus rituais. No final do século XIX, a maconha era considerada um medicamento e era utilizada por muitos laboratórios farmacêuticos americanos para produzir analgésicos, evitar convulsões e dilatar os brônquios. Esse interesse na medicina reduziu-se no século seguinte, devido à morfina e barbitúricos, que apresentavam melhores resultados.
No começo do século XX a maconha, ainda que uma droga licita, não era muito aceita pela classe mais alta da população: no Brasil era associada aos negros, na Europa aos árabes e indianos e nos Estados Unidos aos mexicanos, ou seja, era associada às camadas mais baixas e mais rejeitadas da população. Porém, economicamente, a maconha era muito importante: era utilizada na fabricação de remédios, papel, tecidos, cordas, redes de pesca, óleo, combustíveis, entre outros.
Nos Estados Unidos, entre 1920 e 1933, houve a Lei Seca, que proibia as bebidas alcoólicas e que acabou sendo uma ajuda para a popularização do uso da maconha como droga alucinógena, principalmente entre artistas e músicos. Mas, com a crise da Bolsa em 1929, a maconha, que também era muito utilizada pelos mexicanos, começou a ser relacionada com a marginalidade: sexo promíscuo e criminalidade eram apenas algumas das associações preconceituosas que eram feitas.





Proibição da maconha

Tendo em vista as associações que estavam sendo feitas da maconha à criminalidade e à marginalidade, em 1937, foi publicada uma matéria em uma revista americana, escrita por um funcionário público que já havia trabalhado nas leis proibicionistas durante o período da Lei Seca, Harry Aslinger. Em “Marijuana: assassina de jovens”, Aslinger condena o crescente uso da maconha pelos jovens, atribuindo à droga as qualidades de “assassina”, “cascavel” e passível de causar irritabilidade e violência.
Entretanto, a campanha de Aslinger contra a maconha pode ter sido por motivos pessoais e econômicos. Pessoais porque Aslinger tinha certo grau de parentesco com o dono de uma petrolífera, que estava investindo em combustíveis, plásticos e fibras sintéticas obtidas do petróleo. Econômicos porque os produtos da maconha estavam tomando o lugar dos novos produtos desenvolvidos a partir do petróleo.
No mesmo ano da publicação da matéria de Aslinger, 1937, o plantio e o uso da maconha nos Estados Unidos foram proibidos. Seguindo o exemplo americano, a planta foi logo proibida na Europa.
A primeira lei brasileira proibindo a maconha é de 1830 e a pena para os traficantes, que eram em sua grande maioria brancos de classe média, era menor do que para o usuário, que eram os negros escravos: enquanto o primeiro pagava 20.000 réis, o segundo teria três dias de prisão. Mas essa primeira lei não foi levada muito a sério e a proibição definitiva aconteceu somente na década de 1920.
Na década de 1960, com o movimento hippie, a maconha, embora já ilícita, tornou-se mais popular, por ser uma das “drogas-símbolo” do movimento.

Em 1976 a Holanda decidiu legalizar o uso da maconha, devido às diversas pesquisas feitas comprovando que a droga, mesmo que nociva à saúde, não merecia tamanha balbúrdia da parte do governo.
Atualmente, a planta Cannabis Sativa pode ser encontrada no mundo inteiro, devido à sua expansão. Seu uso medicinal é quase nulo, pois seu reconhecimento como medicamento é pequeno: é recomendada para reduzir náuseas e vômitos decorrentes do tratamento de câncer e para abrir o apetite. No Brasil, seu uso, mesmo como medicamento é ilegal. Já seu uso como droga alucinógena, é bem grande: é a terceira droga mais consumida no mundo.
Na Jamaica, a maconha ainda é cultivada e muito utilizada com fins ritualísticos: acredita-se que ela possui poderes místicos e divinos, e por isso afasta maus espíritos. O hábito de fumar maconha é um rito, um conjunto de atitudes, costumes e crenças da sociedade, além de ter participação na religião rasta. Nas classes mais altas da população esse hábito é condenado.
O THC, Tetrahidrocanabinol, a substância ativa da maconha, é uma resina que a própria planta produz para proteger suas folhas e flores do sol forte. Hoje em dia, a concentração de THC na maconha vem aumentando cada vez mais, pois as plantas são cruzadas e tornam-se mais potentes.








quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Confirmação


Apenas nós dois sabemos,
que não devemos nos separar
O mundo terá que aguentar,
nosso sonho de crianças
Há muito chão pela frente,
bem mais do que ficou pra trás
O frio que agora faz,
talvez não faça amanhã
Meu irmão e minha irmã,
que isto sirva pra vocês,
pois é assim toda vez,
o amor sempre está em perigo
O coração é o abrigo
mais seguro que existe
Se a manhã parecer triste,
eis que a tarde já vem

Rachaduras nos perseguem,
onde quer que estejamos
Bobagens nos preocupam,
perdemos a concentração
O caos supera a razão,     
e o erro age em nós
Nessas horas é difícil,
lembrar do que acreditamos,
e o que os dois juntos sonhamos
afunda-se na correnteza

O amor precisa ser confirmado,
a cada hora e minuto passado
Ele resiste à tempestade
É metade mais metade
E sem ele, na verdade,
                            não se chega ao Criador.  




                        Cesar S. Farias