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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

No limite das palavras

     

         A postagem de hoje é um vertiginoso mergulho ao meu baú de memórias. O texto abaixo é o prefácio do meu primeiro livro escrito, (mas ainda não publicado), provisoriamente batizado de "No limite das palavras", um diário tipicamente adolescente. Ele marca a minha "fase poeta" e pode ser considerado o marco inicial deste escritor  na presente existência.
       Como no momento, ninguém se interessaria em ler um autobiográfico livro de memórias meu, vou guardá-lo até o fim da minha vida e, quem sabe, repassá-lo aos meus herdeiros para uma futura publicação póstuma. Em consideração aos meus fiéis leitores, no entanto, apresentarei alguns trechos dele ao longo das minhas próximas intervenções no blog, apelando a paciência e a apreciação crítica de todos.

                         Até breve e bem-vindos aos meus primórdios literários.

             
       Desde a antiguidade, o meio mais eficaz para se transmitir ou registrar emoções e sentimentos da humanidade são as PALAVRAS. Quando agrupadas em diferentes combinações elas detém o poder de proporcionarem múltiplas sensações. Podem incitar tanto para o bem quanto para o mal; Fazerem rir ou chorar; Mudarem opiniões ou reforçá-las. Conduzirem ao passado ou ao futuro.  Um mínimo erro de entonação, pronúncia ou sintonia entre as ideias do homem com a sua respectiva capacidade de transmiti-las e a mensagem vai por água abaixo. Por esse motivo, algo que as vezes na dimensão dos pensamentos é fantástico e impressionante, quando traduzido para o mundo das palavras já não carrega todo o encanto original da ideia. Faz-se necessário, pois, sermos "malabaristas de palavras" para sermos plenamente compreendidos.

      Muitas vezes, uma ideia fraca em conteúdo pode se tornar interessante ao leitor ou ouvinte quando cumpre impecavelmente com os padrões de expressão e linguagem. A recíproca, no entanto, não é verdadeira. Qualquer argumento, por melhor que pareça, se for defendido com um tímido ou defeituoso jogo de frases, será barrado imediatamente nos círculos intelectuais ou populares à ele destinado. Algo que não esteja bem escrito certamente cairá em descrédito, sem ao menos se levar em conta a beleza da ideia em si.
       As PALAVRAS, mesmo quando bem articuladas, encontrarão sempre uma barreira: a experiência direta, e isso ninguém consegue transmitir integralmente ao interlocutor. Nossas vidas são dirigidas por nossos pensamentos e as PALAVRAS proferidas são como fotografias batidas nesse multicolorido mundo interior que ocupa a mente humana.(...)
    

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A criminilização da Erva - Fatos históricos.




A maconha surgiu na Ásia e se espalhou pelo mundo inteiro. Evidências de cannabis são encontradas desde o terceiro milênio A.C. Atualmente há discussões sobre a liberação ou não de seu uso em diversos países. Durante milhares de anos seu uso foi liberado e em muitos casos, recomendado. Mas com o passar do tempo muitos viram na maconha uma série de fatores negativos e decidiram criminalizá-la.
Foi Napoleão Bonaparte quem criou a primeira lei proibindo a cannabis, nome científico da planta. Isso aconteceu quando o general francês conquistou o Egito em 1798. Napoleão alegava que, ao consumir o produto, os egípcios ficavam mais violentos. Três décadas depois, em 1830, o Brasil também se tornaria pioneiro no assunto, quando a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por meio do Código de Posturas Municipais, criou restrições ao comércio e ao consumo do “pito do pango”, expressão usada para definir a cannabis à época, relata Rowan Robinson no “O Grande Livro da Cannabis“.
No início do século 20, vários países criaram leis proibindo o consumo e o comércio da cannabis, entre eles: África do Sul, Jamaica (na época colônia inglesa), Reino Unido, Nova Zelândia, Brasil e principalmente, os Estudos Unidos.
De acordo com o documentário “Grass: A Verdadeira História da Marijuana”, de Ron Mann, um dos principais motivos que fez com que os Estados Unidos criassem suas primeiras proibições ao uso da planta foi a relação que ela mantinha com os imigrantes mexicanos que não eram bem-vistos pelos americanos. Surgiram boatos de que a erva os transformava em assassinos e, logo em 1914, o município americano de El Paso criou uma lei proibindo a posse de maconha.


Segundo o documentário, a lei foi criada para controlar a maconha mas, no fundo, servia para controlar os imigrantes mexicanos. Porém, essa não foi a primeira lei americana a tratar sobre o assunto, “O Grande Livro da Cannabis” afirma que antes disso, em 1906, a Lei sobre as Drogas e a Alimentação tornou-se a primeira lei federal a tratar diretamente da cannabis, mas se limitava a exigir que qualquer quantidade da substância que fosse utilizada em alimentos e remédios deveria ser claramente declarada no rótulo dos produtos.
Para entender a origem da criminalização da cannabis nos EUA é preciso diferenciar a maconha do cânhamo. Embora as duas plantas sejam classificadas como cannabis, a maconha possui alta concentração de THC, a substância psicoativa. Já o cânhamo possui baixo teor de THC e é de grande utilidade para a indústria na fabricação de roupas, cordas, papéis, tintas, temperos, xampus e cremes.
O cânhamo foi utilizado inclusive na fabricação das caravelas de Pedro Álvares Cabral. Diferenciar a cannabis é importante porque o cânhamo era amplamente usado pela indústria americana, principalmente na fabricação de papel, o que teria feito com que empresários que poderiam ser prejudicados pelo cânhamo tentassem criar uma imagem negativa da maconha para que pudessem inibir também a produção do cânhamo.




Essa é a versão que o ativista e escritor Jack Herer defende em seu livro “O Rei Vai Nu” e aponta o empresário e magnata da mídia Randolph Hearst (que supostamente inspirou o filme Cidadão Kane de Orson Welles) e a família Du Pont, como os principais responsáveis por criarem uma imagem negativa da cannabis. Entender os motivos que levaram os EUA a proibir a maconha é importante porque a decisão americana influenciaria outros países a tomarem a mesma decisão.
A maconha passou a ser criminalizada nos EUA, até para fins medicinais como era bastante utilizada, e países do mundo inteiro seguiram seu exemplo. No Brasil, o uso da maconha era praticado principalmente pelos negros, o que teria sido o fator primordial para a proibição da erva, como forma de criminalizar a raça negra que acabava de sair da condição de escravos, mas não da condição de discriminados. Algo semelhante, envolvendo os negros, também teria acontecido nos EUA, defende Rowan Robinson.
Por anos a maconha permaneceu criminalizada, até que em 1996 o estado da Califórnia, nos EUA, legalizou seu uso para fins medicinais. Logo depois outros 18 estados americanos também tomariam a mesma decisão. Em 2003, o Canadá se tornou o primeiro país do mundo a legalizar a utilização da cannabis para fins medicinais. Antes dele, a Holanda já havia liberado em 1976, o uso para fins recreativos.
Atualmente algumas nações vêm flexibilizando as leis que tratam do uso da maconha. Nesses países o usuário está passando a ser visto como assunto de saúde pública. Entretanto em outros países, principalmente os asiáticos, as leis são mais severas dependendo da situação e quem for pego com maconha pode ser até condenado à morte.


Fonte: www.pragmatismopolitico.com

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Legalizando no Chile


Texto propõe liberação para fins medicinais, espirituais e recreativos; proposta agora vai ser discutida no Senado

 

 A Câmara dos Deputados do congresso do Chile aprovou há alguns dias (07/08/2015), a proposta que permite que os cidadãos do país façam o uso da maconha para fins medicinais, espirituais e recreativos. O texto, que autoriza que cada chileno possa plantar até seis pés da erva, foi aprovado por 68 a 39 votos e cinco abstenções. Agora, a matéria vai para análise da comissão de saúde do Senado.

"Estamos celebrando o sucesso da aprovação deste projeto", disse Ana Maria Gazmurri, presidente da Fundação Daya, grupo sem fins lucrativos que trabalha com terapias para alívio de dores, incluindo a questão da maconha.
Os atos de plantar, vender e transportar maconha são considerados ilegais no Chile, e também acarretam em prisão. As penas para esse tipo de delito ultrapassam os 15 anos de detenção. Aqueles que desejam utilizar a substância com propósitos medicinais precisa conseguir uma autorização específica do governo.
"Este projeto está no caminho certo, e nós estamos otimistas de que ele será aprovado rapidamente", completou Gazmurri, que espera que tudo se resolva entre os senadores em um prazo de dois meses.

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

70 anos de um estúpido Pequeno Garoto





As conseqüências das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki foram desastrosas. O poder consumidor das bombas foi além da destruição de lugares e pessoas, atingindo a área da genética. Os efeitos causados fez com que os seus sobreviventes transmitissem as lesões para as próximas gerações. Até hoje, crianças nascem com problemas genéticos causados pela radiação das bombas.

No dia 6 de Agosto de 1945 acontecia a primeira explosão de uma bomba atômica na história da humanidade. Chamada pelos americanos de "Little Boy", a bomba foi lançada sobre o centro de Hiroshima, exatamente às 8h15 da manhã. A bomba continha 50 quilos de urânio 235, com potencial destrutivo equivalente a 15 mil toneladas de TNT. O calor liberado pela bomba foi de 100 calorias/cm² no grau zero, 56 calorias/cm² a 500 metros e 23 calorias/cm² a mil metros do centro da explosão.

O segundo alvo era Kokura, Fukuoka. Mas, por causa do mau tempo, o piloto teve dificuldades de sobrevoar a cidade, recorrendo ao alvo alternativo, Nagasaki, que foi atingida no dia 9 de Agosto, exatamente às 11h02 da manhã. A cidade, rodeada por montanhas, não era considerada um bom alvo, pois as montanhas ao redor poderiam diminuir o seu efeito destrutivo.A bomba, chamada agora por "Fat Boy", era de plutônio 239, com potência equivalente a 22 mil toneladas de TNT. Sendo assim, era 1,5 vez mais potente que a bomba jogada sobre Hiroshima. No entanto, "Fat Boy" explodiu a 3 quilômetros do centro da cidade, formando o famoso "cogumelo" de fumaça.
Por causa do fato de a bomba ter explodido no ar, e não em terra, foi possível haver sobreviventes, uma vez que a onda de choque se espalhou de maneira vertical e não horizontal. Mesmo assim, a devastação e destruição da cidade foi incalculável. Hiroshima era um campo de destroços e poeira tóxica, onde foram mortas mais de 60 mil pessoas. Já em Nagazaki, a fumaça atingiu uma altura de mais de 18 quilômetros, e sua força era imensurável, destruindo qualquer coisa que havia no caminho. O calor e o fogo queimaram as pessoas e a Natureza, deixando até hoje o solo envenenado. Também foram lançadas outras bombas na cidade, no entanto, de força consideravelmente menor.

Ainda hoje sente-se os efeitos causados pelas bombas atômicas. As pessoas que não morreram, foram expostas a uma devastadora radiação, a qual gerou lesões genéticas que foram transmitidas para os seus filhos, e filhos de seus filhos, e assim vai acontecer, também, às próximas gerações. A bomba não somente causou a morte de milhares de pessoas durante a explosão, mas causa a morte de pessoas até hoje, devido à radiação. Mais de 70 mil pessoas já foram mortas desde então, em consequência da exposição à radiação das bombas.

 


Fonte: obviousmag.com