No tempo certo a árvore floresce,
seu
tronco cresce rumo às alturas
As
folhas brotam e vê-se a textura,
que
antes foi semente,
embaixo
da terra escura
Soterrada,
pisada por todos,
fora
plantada no caminho
Agora
serve de ninho,
ao
símbolo da liberdade,
que
anuncia na cidade,
o
raiar de um novo dia,
voando
e cantando sempre,
numa
ode à alegria
A
árvore ao lado, já crescida,
despreza
o broto no chão
Pois
passou o inverno e o verão,
e
pouca coisa nele mudou
Ela
finge saber o tempo
de
cada cena durar
Atreve-se
a cobrar,
aparência
e postura
Se
orgulha da sua altura,
e
de sua força somente
Tudo
o que for diferente,
seu
julgamento condena
No
tempo certo, em harmonia
Fora
do alcance da maioria,
que
nem ao menos sabe o dia
Nutrida
pela raiz, atinge a maturidade
e
desfruta a realidade
de
estar mais perto do sol
Frutas
podem ser colhidas
dos
galhos abarrotados
E
aqueles meses passados,
servirão
de testemunho,
farão
parte do rascunho
que
precede à novos tempos.Cesar