O homem escolhido para explorar a costa sul da África defendendo interesses econômicos de Portugal, foi Diogo Cão, navegador formado na "escola do Golfo" (a exigente arte de navegar na costa da Guiné). Cão partiu em agosto de 1482 e chegou à foz de um grande rio, que chamou de rio Poderoso. Era a embocadura do Congo, hoje Zaire. Ali, Cão deu início a uma nova fase de périplo africano: ergueu um "padrão", na ainda hoje chamada Ponta do Padrão (6º de latitude sul). Padrões eram colunas de pedra, com cerca de 2,5 m de altura, encimadas por uma cruz e com inscrições em português, latim e árabe, que os lusos passaram a usar como prova de suas descobertas e símbolo de sua fé.
Na sequência de sua primeira viagem, Cão chegou ao Cabo Lobo (hoje Santa Maria, em Angola, a 13º 6' de latitude sul) e, sem que se possa entender por quê, concluiu que ali a África acabava. Ao retornar ao reino, em abril de 1484, deu notícia a D. João II. No outono de 1485, Diogo Cão voltaria a partir com a missão de atingir o oceano Índico. Ao ultrapassar o Cabo do Lobo, percebeu seu erro. Quando Cão voltou humilhado da viagem, grande decepção se abateu sobre o reino. D. João II jamais o perdoaria.
Fonte: Trecho do livro "A Viagem do Descobrimento - A verdadeira história da expedição de Cabral", de Eduardo Bueno- Coleção Terra Brasilis Vol. 1.
Um comentário:
É sempre bom recordar factos da nossa história. Obrigado por isso
Abraço e bom fim-de-semana
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