segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Snif
Contagem, clonagem, espionagem,
Bobagem, chantagem, lavagem cerebral
Sexo virtual, ogivas, arsenal
Cuidado! Minado!Quase detonado
Passado errado, duro de guardar
Quem vai apagar? Tarde pra esperar
Extorsão, exploração, corrupção
Traição, poluição, dissimulação
O veneno tá no ar, o que mais surpreenderá?
Tortura, racismo, fanatismo...
Lamento, o tempo não vai esperar
É hora agora, o mundo chora,
Clamores, tambores, escravidão.
Cesar S. Farias
domingo, 12 de outubro de 2014
Vem pra urna, vem!
Em coerência com o que escrevi bem antes das
eleições, quando ninguém sequer havia previsto a fatalidade que interrompeu a vida e a
trajetória política de Eduardo Campos, alçando Marina da Silva à condição de
candidata, reafirmo aqui e agora o meu sentimento de desconforto em relação ao
voto obrigatório. Considero uma gritante contradição ouvir Carlinhos Brown e
Daniela Mercury, artistas pagos pelo TSE, entoarem a marchinha oficial das
eleições, “Vem pra urna, vem ser livre”, num afronta aos nossos ouvidos e em
deboche a inteligência de todos nós. Acaso existe liberdade quando votamos por
obrigação? Se não acreditamos na proposta de nenhum dos candidatos disponíveis
para o 2º turno, como nos sentiremos “livres” se estamos perdendo parte do
descanso dominical para escolhermos aquele que, na melhor das hipóteses, é o
menos pior?
Tanto
aqui no Rio Grande do Sul quanto a nível federal os partidos classificados para
a grande decisão eleitoral representam aquela monótona repetição de discursos
esfarrapados sobre esquerda X direita, neoliberalismo X socialismo e mensalão X
impeachment. São trocas de acusações que, a bem da verdade, não conduzem-nos a
lugar algum. As alianças costuradas, por
sua vez, são contraditórias ao ponto de políticos e políticas esquecerem
opiniões e posturas assumidas anteriormente.
Não
tenho, repito pela centésima primeira vez, motivação alguma para “ser livre, ir
pra urna e decidir o futuro do país". Ao Tribunal Superior Eleitoral imploro:
Poupe-nos ao menos de marchinhas ridículas como essa, substituindo-a por
alguma marcha militar que marque a cadência de robôs em fila. Não basta,
segundo entendo, a festejada liberdade de escolha. Deve haver também liberdade
de votar ou não. Só então a democracia merecerá ser chamada de joia rara.
Àqueles que tiverem ouvidos para ouvirem:
#vote em branco
Cesar S. Farias
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