Foi com grande curiosidade que iniciei a
leitura do livro de contos do autor gaúcho, meu conterrâneo, Cesar
Farias. A primeira história prendeu minha atenção desde o início, tanto pela
narrativa interessante, personagens bem construídos e português impecável.
Entremeando narrativa e poesia, somos espectadores do desenrolar da vida do
jovem humanitário Tupã e como ele e suas ideias passam a ser um incomodo dentro
de um sistema sociopolítico corrupto, o que nos faz lembrar outra grande
história do passado. A partir deste primeiro conto, o maior dentro do livro,
passamos a conhecer outra gama de personagens que contam trechos de suas vidas
de forma ora bem humorada, ora com pitadas de ironia, mas sempre nos levando a
analisar e criticar situações que são comuns em nosso meio e que mostram a
hipocrisia do ser humano; o lado B de pessoas consideradas corretas e de boa
índole, analisando desde a dona de casa preocupada com seu bichinho de estimação,
passando pelo médico e pelo padre de inabalável reputação, até o pequeno
empresário. Além das críticas inclusas em agradáveis enredos, também
encontramos contos notáveis que fazem rir, como em Aquele Vitelo, ou que nos
lavam a alma como em O Homem da Ganja. Cesar consegue dar vida
aos seus personagens, tornando-os tão íntimos do leitor como se esses fossem
nossos vizinhos de porta. Eu, como moradora de Porto Alegre, me senti ainda
mais próxima da Vera e do Jean Carlo, da Dirce, da Gisele e da Ligia e de
tantos outros que moram aqui, bem ao meu lado.
Parabéns ao meu amigo Cesar que conseguiu escrever tantas histórias interessantes; tão verídicas; uma crítica inteligente, que expõe comportamentos e maldades nem sempre percebidas e que fazem parte do nosso dia a dia.
Parabéns ao meu amigo Cesar que conseguiu escrever tantas histórias interessantes; tão verídicas; uma crítica inteligente, que expõe comportamentos e maldades nem sempre percebidas e que fazem parte do nosso dia a dia.
Por Rosane Fantin no skoob.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário