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terça-feira, 18 de setembro de 2018

O Gringo tá erradíssimo

      
          
           O papo é curto, direto, não aponta candidato ou sugere voto em quem quer que seja. Meu alvo é o mau gosto presente nas propagandas partidárias desse ano, cheias de contradições, inverdades e dissimulações. Especificamente escrevendo, manifesto o meu total repúdio ao marketing do gringo Sartori, que cometeu o sacrilégio de dizer que  o atual governador, em escalada a reeleição, tá no caminho certo. 
                                                                                                         
          Eu,   na condição de funcionário público estadual, poderia aqui, simplesmente, reclamar do incômodo atraso do meu salário, que desde o início desse mandato virou rotina a cada início de mês, bem como das absurdas propostas levadas por ele a Assembléia Legislativa para extirpar muitos direitos nossos já adquiridos. Vou além, no entanto, para provar que não estou olhando tão somente para o meu próprio umbigo.
          O que dizer de um governador mobilizado para extinguir fundações públicas que prestam valorosos serviços a população?  Em recente visita ao Jardim Botânico de POA tive a infeliz constatação que o Gringo já iniciou, lentamente, a degola. Cortou verbas para manutenção desse importante centro de pesquisas e pulmão verde da capital, administrado pela Fundação Zoobotânica. O serpentário, local de visitação, ensino e pesquisa, foi fechado, bem como várias estufas e orquidários entregues ao abandono.
          Não menos lastimável foi o golpe desfechado contra a diversidade cultural e disseminação do conhecimento, materializado na também absurda proposta de acabar com a Fundação Piratini e consequentemente com a TVE e FM Cultura, patrimônios consolidados dos gaúchos. Todo cidadão que aprecia arte com qualidade, debates e informações imparciais, sabe que o momento é de apreensão e lágrimas.
          Já a Farmácia do Estado, responsável pela distribuição gratuita de medicações especiais, agoniza com a falta de vários itens em estoque, deixando a população necessitada em situação de grave risco e vulnerabilidade.
          Pouparei os leitores e não vou listar outras tantas discordâncias minhas, pois isso, inevitavelmente, acabará sendo confundido com o horário eleitoral gratuito, cheio de sentimentalismos partidários. Contento-me, por hora, com o que até aqui foi escrito, julgando isso o suficiente pra alertá-los que o Gringo tá erradíssimo. Diz que em seu início de mandato pegou “ um Estado de joelhos” e que com mais um mandato vai “entregá-lo de pé”, mas começou a mutilar braços e pernas de quem não tem culpa alguma pela crise e esvaziamento dos cofres públicos. E se não bastasse isso, tem a vozinha mais irritante que um político poderia ter.
           Justamente, por esses e alguns outros motivos, é que eu digo: O Gringo não tá certo, coisa nenhuma. É uma nuvem estéril e pesada que paira neste instante sobre o Palácio Piratini, mas que, tenhamos fé, começa a ser soprada de volta à sua querida cidade-berço,  Farroupilha.  Sua rejeição chama-se bom senso e isso, historicamente, manifesta-se na vontade do povo gaúcho quando conclamado á tomar decisões importantes.
 
                                                                            Cesar

domingo, 9 de setembro de 2018

A volta do Ultramen







                Para a minha satisfação e daqueles que apreciam a música de qualidade, com influências muito bem mescladas, a banda ULTRAMEN, surgida aqui no Rio Grande do Sul em 1991, lançou novo disco de estúdio, o quinto da carreira, "Tente enxergar" neste 2º semestre de 2018.
           O rock gaúcho, ao longo das décadas, vêm se firmando como celeiro de grupos  adeptos da pegada “rock de garagem”, cheios de energia bluseira como Garotos da Rua, TNT, Bandalheira, Acústicos e Valvulados, Cachorro Grande ou a batida punk dos Replicantes e Tequila Baby. O ULTRAMEN, no entanto, possui incomparável estilo, e transita do samba rock ao rap e depois ao reagge sem qualquer embaraço. Basta ouvir “Dívida” do Cd Olelê, ou “Figa de Madeira” do Cd Capa Preta pra compreender melhor do que eles são capazes ao manipularem tantos elementos musicais. As mesclas, no entanto, não restringem-se à isso tão somente. O Heavy metal, o soul e até mesmo o regionalista vanerão, são ingredientes que compõe saborosamente o molho da banda, que conquistou fãs em todos os recantos do Brasil. Justamente, por misturar tantas influências culturais em suas canções, os ultramanos acabaram atravessando fronteiras sonoras ainda não trilhadas na cena do estado mais rockeiro do país.
            Ouço freqüentemente observações saudosistas dos que viveram nas décadas de 60, 70 e 80, exaltando grupos ou artistas que marcaram história em tais épocas, como Mutantes, Raul Seixas, Almôndegas, Tim Maia, Secos e Molhados, Cazuza, Legião Urbana, etc. Nenhum deles vi ou chegarei a ver tocar frente a frente. É por esse e outros motivos que orgulho-me de pertencer à geração que viu, ouve e curte o ULTRAMEN, grupo ícone da música brasileira, co-participante de uma escola inovadora e cheia de pegada surgida no rock nacional em meados dos anos 90, representada por Planet Hemp, O Rappa, Nação Zumbi, Raimundos e outras pedradas certeiras.
            Salve o ULTRAMEN. Bom retorno a minha banda predileta:




                                                              Cesar S. Farias










 






domingo, 2 de setembro de 2018

Faces da Amazonia



Com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de km², a Floresta Amazônica é a principal cobertura vegetal do Brasil, ocupando 45% do nosso território, além de espaços de mais nove países, sendo também a maior floresta tropical do mundo. É chamada de Floresta latifoliada equatorial.
A Floresta Amazônica caracteriza-se por ser heterogênea, havendo um elevado quantitativo de espécies, com cerca de 2500 tipos de árvores e mais de 30 mil tipos de plantas. Além disso, ela é perene, ou seja, permanece verde durante todo o ano, não perdendo as suas folhas no outono. Apresenta uma densidade elevada, o que é propício ao grande número de árvores por m².
Costuma-se classificar essa floresta conforme a proximidade dos cursos d’água. Dessa forma, existem três subtipos principais: mata de igapó, mata de várzea e mata de terra firme.


Mata de igapó: também chamada de floresta alagada, a mata de igapó caracteriza-se por se localizar muito próxima aos rios, estando permanentemente inundada. Apresenta plantas de pequeno porte em comparação ao restante da vegetação da Amazônia e que costumam ser hidrófilas, ou seja, adaptadas à umidade. Possui, em geral, raízes elevadas que acompanham os troncos.

Mata de várzea: assim como a mata de igapó, a várzea também sofre com as inundações, porém apenas no período das cheias dos grandes rios, por se encontrar em áreas um pouco mais elevadas. É uma mata muito fechada, com elevada densidade, árvores altas (em média 20m de altura) e, em geral, com galhos espinhosos, o que dificulta o seu acesso. As espécies mais conhecidas são o Jatobá e a Seringueira, essa última muito usada na extração de látex, a matéria-prima da borracha.

Mata de terra firme: também chamada de caetê, a mata de terra firme caracteriza-se por se encontrar relativamente distante dos grandes cursos d’água, localizando-se em planaltos sedimentares. Em razão disso, não costuma ser alvo de inundações, recobrindo a maior parte da floresta e apresentando as maiores médias de altura (algumas árvores chegam a alcançar os 60m).
A importância da Floresta Amazônica reside, principalmente, em sua função ambiental. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, ela não é o “pulmão do mundo”, pois o oxigênio por ela produzido é consumido pela própria floresta. Sua importância ambiental reside no controle das temperaturas, graças ao aumento da umidade, que é resultado da constante evapotranspiração da floresta, produzindo massas de ar úmido para todo o continente sul-americano, os chamados Rios Voadores.
É importante não confundir o Bioma Amazônia com a Floresta Amazônica. O primeiro termo refere-se às características gerais que envolvem a mata, os animais, os rios, os solos e a flora, o segundo limita-se às características da floresta.


Fonte: brasiescola.uol.com.br