Para a minha satisfação e
daqueles que apreciam a música de qualidade, com influências muito bem
mescladas, a banda ULTRAMEN, surgida aqui no Rio Grande do Sul em 1991, lançou novo disco de estúdio, o quinto da carreira, "Tente enxergar" neste 2º semestre de 2018.
O rock gaúcho, ao longo das décadas, vêm se
firmando como celeiro de grupos adeptos da pegada “rock de
garagem”, cheios de energia bluseira como Garotos da Rua, TNT, Bandalheira, Acústicos e Valvulados, Cachorro Grande ou a batida punk dos Replicantes e Tequila Baby. O ULTRAMEN, no entanto, possui incomparável estilo, e transita do samba rock ao rap e depois ao reagge sem qualquer embaraço. Basta ouvir “Dívida” do Cd Olelê, ou “Figa de Madeira” do Cd Capa
Preta pra compreender melhor do que eles são capazes ao manipularem tantos
elementos musicais. As mesclas, no entanto, não restringem-se à isso tão
somente. O Heavy metal, o soul e até mesmo o regionalista vanerão, são ingredientes que compõe saborosamente o molho da banda, que
conquistou fãs em todos os recantos do Brasil. Justamente, por misturar tantas
influências culturais em suas canções, os ultramanos acabaram atravessando fronteiras sonoras ainda não trilhadas na cena do estado mais rockeiro do país.
Ouço freqüentemente observações saudosistas
dos que viveram nas décadas de 60, 70 e 80, exaltando grupos ou artistas que
marcaram história em tais épocas, como Mutantes, Raul Seixas, Almôndegas, Tim
Maia, Secos e Molhados, Cazuza, Legião Urbana, etc. Nenhum deles vi ou
chegarei a ver tocar frente a frente. É por esse e outros motivos que
orgulho-me de pertencer à geração que viu, ouve e curte o ULTRAMEN, grupo ícone da música brasileira, co-participante
de uma escola inovadora e cheia de pegada surgida no rock nacional em meados
dos anos 90, representada por Planet Hemp, O Rappa, Nação Zumbi, Raimundos e outras
pedradas certeiras.
Salve o ULTRAMEN. Bom retorno a
minha banda predileta:
Cesar S. Farias
Um comentário:
Não conhecia, mas gostei de ver.
Um abraço e uma boa semana
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