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domingo, 14 de outubro de 2018

Deus acima de todos


A Igreja Universal do Reino de Deus, ou IURD, é uma denominação cristã, evangélica neopentecostal, com sede no Templo de Salomão, na cidade de São Paulo, Brasil. Fundada em 9 de julho de 1977 por Edir Macedo e seu cunhado, R. R. Soares, tornou-se um dos maiores grupos neopentecostais brasileiros. Só no país, segundo estimativas do IBGE, a IURD tem mais de seis mil templos, 12 mil pastores e 1,8 milhão de fiéis. No mundo, segundo estimativas próprias, seriam cerca de 8 milhões de seguidores e 15 mil pastores em 105 países, especialmente nos de língua portuguesa. É uma das maiores organizações religiosas do Brasil e a 29.ª maior igreja, em números de seguidores, do mundo. Em sua história, virou alvo de controvérsias por diversas acusações de charlatanismo, seus posicionamentos e conflitos com veículos de comunicação.
Em 1992, o Ministério Público denunciou o líder da Universal por "delitos de charlatanismo, estelionato e lesão à crendice popular".[1] Macedo ficou detido por onze dias, depois foi solto e livrou-se das acusações.[2][3] A foto de Macedo na prisão virou capa de sua biografia autorizada O Bispo – A História Revelada de Edir Macedo, lançada em 2007.[4] Todas as acusações contra Edir Macedo, isso desde 1992, foram arquivadas por falta de provas, segundo o advogado Arthur Lavigne. Lavigne questionou uma suposta divergência nos dados da Receita Federal e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Houve também denúncias arquivadas no Supremo Tribunal Federal. Para ele, "estas acusações criminosas nem merecem resposta".[5]
Em 1992, a Universal foi excluída da Aliança Evangélica Portuguesa. Desde 1995, a Federação de Entidades Religiosas Evangélicas da Espanha (Ferede) não reconhece a Universal como evangélica. Em 1997, a Câmara dos Representantes da Bélgica a descreveu, como uma "associação criminosa, cujo único objetivo é o enriquecimento... uma forma extrema de mercantilismo da fé".[6] Em Luxemburgo, recaiu sobre a igreja a suspeita de que "está envolvida em lavagem de dinheiro".[7][8]
O bispo Macedo explica no livro Somos todos filhos de Deus?' o motivo das alianças religiosas terem rejeitado a IURD; ele afirma que a Universal não tem doutrinas diferentes dos evangelhos, nada que os pastores pregam estaria fora do contexto bíblico, mas sim apresentam a Deus uma oferta de sacrifício aceitável. Este seria o motivo da IURD ter crescido em todo mundo, vencendo as barreiras de cultura e acusações da mídia.[9]
A Universal teve algumas controvérsias com o ex-bispo e atual fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago. A Rede Record e a Folha Universal, publicaram uma reportagem denunciando a compra de fazendas na região do Pantanal brasileiro, em que Santiago teria feito com dinheiro dos fiéis da Mundial.[10][11] Valdemiro criticou os recursos provenientes dos dízimos e ofertas de fiéis que a Universal repassaria à Rede Record.[12] Segundo o jornal Folha de S. Paulo, há uma estimativa que 30% dos frequentadores da Igreja Mundial vieram da Universal. Neste número, contasse também os pastores que foram atraídos para a Mundial.



Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

A linguagem do tambor





                               O tambor é linguagem de comunicação da humanidade.

           Antes mesmo do aparecimento do tambor os negros comunicavam-se batendo com paus nos troncos das árvores(igi), num ritmo que somente eles entendiam. Um homem chamado o Guardião ficava em cima de uma árvore observando todos os lados, vigiando a chegada de visitantes de Nações amigas e inimigas e cada pancada sua era um alerta ou aviso para a tribo toda.  Esse era um costume de todas as tribos africanas e com o advento do tambor, esse substituiu a necessidade de se batucar na árvore para transmitir mensagem.
          O modo como   o africano toca o seu tambor, há muito tempo, impressiona o homem dito civilizado, ficando ele sem entender como seria possível o emprego de andamentos rítmicos tão variados,  diferentes . Não conseguiam imaginar, da mesma forma, que aqueles sons pudessem ser usados como segura linguagem de comunicação. Graças ao acompanhamento desse instrumento conseguiam manter aceso seus próprios idiomas (èdé), repassando-lhes de geração em geração , trocando culturas através de pancadas. E isso acontecia tanto na alegria como em épocas de guerra.
          Em certas tribos o tambor era tocado na morte (ikw) do rei (Oba), do sacerdote (awòrò, akepalò), bàbálorisá ou feiticeiro.
          À respeito do idioma aqui traduzido e comentado, o Yorubá, registre-se que a letra W substitui a letra U, mantendo-se exatamente a mesma pronúncia.
          O Deus Ifá criou o Deus chamado Àyàn ou Àyòn, cansagrado aos tocadores de tambor, divindade esta doadora de luz aos percussionistas em geral, desde um ancestral tocador de terreiro até o ritmista de uma grande orquestra.


                                                              História dos tambores

          A história tão peculiar do tambor remonta a milhares de anos. Começou-se a conhecê-la através de escavações arqueológicas. Foi encontrado um tambor datado de 6.000 a.C.  Na antiga Suméria(região da Mesopotâmia) foram encontrados tambores com pelo menos mil anos anteriores à Era Cristã. No Egito, entre artefatos encontrados naquela região, estavam tambores com peles esticadas, datando aproximadamente 4.000 a.C .
           Os primeiros instrumentos encontrados eram confeccionados com troncos ocos de árvores, cobertos com a pele de algum réptil. Com o tempo, começou a se usarem peles mais resistentes e a utilizarem-se varetas para tocar. Mais tarde surgiram os tambores com duas peles e os mais variados tamanhos foram criados.
          No templo de Obàtálá, em Idèta-Ilé, os Alwgbw-os eram os tocadores de Ilú(tambores). Eram os igbin de Obàtálá, que nos tempos imperiais de Òyó eram os músicos do rei(Obá). Nesse templo, ainda hoje,  os tambores são colocados no chão e assim são tocados. Os Alwgbw-os utilizam baquetas em uma das mãos.





Fonte: Livro "Continente Africano, O Berço da Humanidade" do Mestre Cica de Òyó
           Edição G.E.L. Cultura Africana- 2012. 





segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Recortes da ditadura no Brasil.


O Regime militar  foi o período da política brasileira em que militares conduziram o país.
Essa época ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.
A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964, resultando no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por personagens afinados como uma revolução instituiu no país uma ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985.
O Golpe Militar de 1964 marca uma série de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminaram em um golpe de estado no dia 1 de abril de 1964. Esse golpe pôs fim ao governo do presidente João Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido de forma democrática, eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Imediatamente após a tomada de poder pelos militares, foi estabelecido o AI-1. Com 11 artigos, o mesmo dava ao governo militar o poder de modificar a constituição, anular mandatos legislativos, interromper direitos políticos por 10 anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração pública, além de determinar eleições indiretas para a presidência da República.

Durante o regime militar, ocorreu um fortalecimento do poder central, sobretudo do poder Executivo, caracterizando um regime de exceção, pois o Executivo se atribuiu a função de legislar, em detrimento dos outros poderes estabelecidos pela Constituição de 1946. O Alto Comando das Forças Armadas passou a controlar a sucessão presidencial, indicando um candidato militar que era referendado pelo Congresso Nacional. 

A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram suprimidas ou sofreram interferência do governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram reprimidos pela censura. A década de 1960 iniciou também, um período de grandes transformações na economia do Brasil,  de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e do endividamento externo.
Os militares, na época, justificaram o golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.




Fonte: www.sohistoria.com.br