terça-feira, 14 de maio de 2019
domingo, 5 de maio de 2019
Anténor Firmin
AVISO AOS POSSÍVEIS INTERESSADOS:
A Feira do Livro Independente de POA foi cancelada pela Prefeitura Municipal devido a previsão de chuva pro domingo. Nos próximos dias, divulgarei aqui a nova data reagendada.
Que pena... Mas sigo na pegada literária, apresentando pra vocês um escritor negro pouco lembrado, mas que confrontou idéias racistas da sua época.
Quem foi Anténor Firmin?
Ele viveu de 1850 a 1911.
Era um antropólogo, jornalista e político haitiano.
É considerado o primeiro antropólogo negro.
Firmin é mais conhecido por seu livro "Sobre a igualdade das raças humanas", publicado em 1885, como uma refutação à obra do escritor francês, o racista Arthur de Gobineau, "Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas" (1883) Gobineau afirmava a superioridade da raça ariana e a inferioridade dos negros e de outras pessoas de cor.
O trabalho de Firmin, argumentava o contrário:
"todos os homens são dotados das mesmas qualidades e das mesmas falhas, sem distinção de cor ou forma anatômica. As raças são iguais"
Ele foi marginalizado na época por defender que todas as raças humanas eram iguais!
Isso mesmo que você leu!
A ideia de que existem raças ou cores diferentes sempre foi um discurso de poder. Firmin foi pioneiro ao propor a integração da raça e da antropologia física.
As classificações e suas derivações - mulato, cafuzo, mameluco, pardo, cabra e etc, sempre foram um projeto de mostrar quem pertencia as raças superiores, inferiores e médias. A quem interessava construir o conceito de raça inferior e superior?
Uma pequena citação de Firmin, em "Sobre a igualdade das raças humanas" (1885)
"Antes que a ideologia dominante introduzisse o conceito de "raça" na esfera sociológica, conquistas e subjugações foram realizadas entre povos mais ou menos isocromáticos. De acordo com esse ambiente, os opressores têm que fabricar o pretexto da suposta superioridade de alguns grupos e estratos humanos sobre outros, e de alguns povos sobre outros. Mesmo depois de 1492, num caso em que não se podia adivinhar qualquer diferença de cor, os colonialistas britânicos chamaram aos irlandeses colonizados de "gorilas brancos".
Mas a globalização que, através da interligação da Europa com a África e a América, fortaleceu as suas ligações com a Ásia, forneceu pretextos de mais fácil visualização: as classificações "negra", "cobris" e "amarela", e as suas derivações, bem como as suas possíveis combinações, serviram para denegrir "seres inferiores" proclamados como "fardo" para o "branco", enquanto isso se estabelecia como um paradigma imposto." (pag. XVII)
Fonte: Centro de Estudos Africanos da UFMG
A Feira do Livro Independente de POA foi cancelada pela Prefeitura Municipal devido a previsão de chuva pro domingo. Nos próximos dias, divulgarei aqui a nova data reagendada.
Que pena... Mas sigo na pegada literária, apresentando pra vocês um escritor negro pouco lembrado, mas que confrontou idéias racistas da sua época.
Quem foi Anténor Firmin?
Ele viveu de 1850 a 1911.
Era um antropólogo, jornalista e político haitiano.
É considerado o primeiro antropólogo negro.
Firmin é mais conhecido por seu livro "Sobre a igualdade das raças humanas", publicado em 1885, como uma refutação à obra do escritor francês, o racista Arthur de Gobineau, "Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas" (1883) Gobineau afirmava a superioridade da raça ariana e a inferioridade dos negros e de outras pessoas de cor.
O trabalho de Firmin, argumentava o contrário:
"todos os homens são dotados das mesmas qualidades e das mesmas falhas, sem distinção de cor ou forma anatômica. As raças são iguais"
Ele foi marginalizado na época por defender que todas as raças humanas eram iguais!
Isso mesmo que você leu!
A ideia de que existem raças ou cores diferentes sempre foi um discurso de poder. Firmin foi pioneiro ao propor a integração da raça e da antropologia física.
As classificações e suas derivações - mulato, cafuzo, mameluco, pardo, cabra e etc, sempre foram um projeto de mostrar quem pertencia as raças superiores, inferiores e médias. A quem interessava construir o conceito de raça inferior e superior?
Uma pequena citação de Firmin, em "Sobre a igualdade das raças humanas" (1885)
"Antes que a ideologia dominante introduzisse o conceito de "raça" na esfera sociológica, conquistas e subjugações foram realizadas entre povos mais ou menos isocromáticos. De acordo com esse ambiente, os opressores têm que fabricar o pretexto da suposta superioridade de alguns grupos e estratos humanos sobre outros, e de alguns povos sobre outros. Mesmo depois de 1492, num caso em que não se podia adivinhar qualquer diferença de cor, os colonialistas britânicos chamaram aos irlandeses colonizados de "gorilas brancos".
Mas a globalização que, através da interligação da Europa com a África e a América, fortaleceu as suas ligações com a Ásia, forneceu pretextos de mais fácil visualização: as classificações "negra", "cobris" e "amarela", e as suas derivações, bem como as suas possíveis combinações, serviram para denegrir "seres inferiores" proclamados como "fardo" para o "branco", enquanto isso se estabelecia como um paradigma imposto." (pag. XVII)
Fonte: Centro de Estudos Africanos da UFMG
quarta-feira, 1 de maio de 2019
Feira do Livro Independente de Porto Alegre- 1ª edição.
Feira do Livro Independente reúne 65 autores em Porto Alegre neste domingo, 5
Contando
exclusivamente com escritores e ilustradores como expositores, o evento
tem como objetivo a aproximação com os leitores e contará com
programação paralela de contação de histórias para crianças.
Um novo evento com possibilidade para a comercialização de livros
surge no calendário cultural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Em sua
primeira edição, a Feira do Livro Independente será realizada na rua
Rua João Telles, no trecho entre a Avenida Osvaldo Aranha e a Rua
Henrique Dias, no Bairro Bom Fim, neste domingo, 5 de maio, das 14h às
19h, com 65 autores independentes de Porto Alegre e de outras cidades
gaúchas. Os valores de livros irão variar, desde zines por R$ 2,00 até
livros de valores mais altos.
Contando exclusivamente com escritores e ilustradores como expositores, a
Feira tem como objetivo aproximar autores e leitores, possibilitando
intercâmbios sobre os processos criativos das obras, aprofundando
relacionamentos e resultando em venda direta.
“A ideia surgiu no final de 2018 e se solidificou por volta de
fevereiro deste ano”, conta o um dos organizadores, o escritor Gabriel
Cianeto, autor Imaginário (2013), Londres (2015) e Oceano Sorvete de Uva
(2018). “A Feira se configura como um evento acessível no qual os
autores podem ter um retorno financeiro mais vantajoso do que em outras
oportunidades semelhantes”. Segundo ele, o evento é custeado
integralmente pelo valor arrecadado com as inscrições dos autores
participantes. Haverá ainda um intérprete de Libras-Português à
disposição das pessoas surdas em visitação.
PROGRAMAÇÃO PARALELA
A Feira terá programação paralela de contação de histórias para crianças: 14h, Valentina e o Feijão, pela escritora Viviane De Gil; e às 15h, O Menino Dinossauro, com a escritora Wanda Queiroz. E, também, lançamentos de livros. “Parece haver uma certa preocupação geral com o futuro dos livros, mas, pelo que vejo, como escritor, as pessoas seguem lendo, talvez um pouco menos, talvez em outras plataformas. No entanto, mesmo a internet, que é tida como uma das ameaças à literatura, possui uma série de elementos que a incentivam, como booktubers e plataformas on-line para livros”, avalia Gabriel Cianeto. “A produção independente também ganha bastante com essas plataformas, com custo muito abaixo da impressão de livros físicos. E tenho notado uma grande quantidade de autores independentes, o que aumenta a riqueza e a diversidade de literatura e cultura”.
A Feira terá programação paralela de contação de histórias para crianças: 14h, Valentina e o Feijão, pela escritora Viviane De Gil; e às 15h, O Menino Dinossauro, com a escritora Wanda Queiroz. E, também, lançamentos de livros. “Parece haver uma certa preocupação geral com o futuro dos livros, mas, pelo que vejo, como escritor, as pessoas seguem lendo, talvez um pouco menos, talvez em outras plataformas. No entanto, mesmo a internet, que é tida como uma das ameaças à literatura, possui uma série de elementos que a incentivam, como booktubers e plataformas on-line para livros”, avalia Gabriel Cianeto. “A produção independente também ganha bastante com essas plataformas, com custo muito abaixo da impressão de livros físicos. E tenho notado uma grande quantidade de autores independentes, o que aumenta a riqueza e a diversidade de literatura e cultura”.
Fonte: www.extraclasse.org.br
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