Quero ser livre, sou índio guerreiro dos
pampas
Sou homem por tradição,
guerreiro por opção
Se eu quero e você quer,
por que não tentar?
Brisa minuana que sopra,
renova a pureza do ar.
Querência perdida, da
Idade do Ouro,
Utopia criada agora, na
madrugada do outono,
Pra velar o meu sono, que
arisco, não se achegava
O galo cantava, carneiros
pulavam e eu, deitado, impotente
Ouvindo o canto, contando
os saltos, mas sem ainda bater de frente.
Índio guerreiro deste
pampa, novamente te levanta,
Pra batalha, pra bailanta
Tira o baio do chão e
toca ele à galope
Gaiteiro, me abre logo
esse toque,
Desperta logo essa
indiada.
O som do sul é sal da Terra inteira
O sol no céu inspira essa
bandeira
Não há muro nem há mais
fronteira
Rico e pobre é uma coisa
só
E os bicho no pasto, por
dó,
O vaqueiro não mata mais.
Forasteiro, és bem vindo,
Só não entre aqui
fingindo
Pra levar algum centavo,
Trabalhe sem ser escravo
Na guaiaca nunca falta,
Na cacimba sempre há água
Água direto da fonte, até
a linha do horizonte
Parece até que foi ontem
Quanta tristeza nestes
pagos
Entre buchinchos e
tragos, pica-paus e maragatos,
Sempre em guerra,
divididos
Esse é um Estado unido,
Que a pátria veja a tua
luz,
E dela também faça parte
E venha através da arte,
A República tão sonhada.
Quero paz na coxilha, tô
pronto pra pelejar,
Em nome da chama crioula,
que arde sem se apagar.
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