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domingo, 12 de abril de 2020

O que Jesus disse? O que Jesus não disse?


Ao ler o Novo Testamento, as pessoas pensam estar lendo uma cópia exata das palavras de Jesus ou dos escritos de seus apóstolos. Contudo, por quase mil e quinhentos anos, esses manuscritos foram reproduzidos por copistas profundamente influenciados pelas controvérsias políticas, teológicas e culturais de seu tempo. São vários os erros e as mudanças intencionais nos manuscritos subsistentes, dificultando a reconstituição das palavras originais. O que Jesus disse? O que Jesus não disse? mostra a história que está por trás das alterações que eclesiásticos políticos e copistas fizeram no Novo Testamento, causando um impacto enorme na compreensão e interpretação da Bíblia que temos hoje. Um livro que vai fascinar e surpreender tanto leigos quanto teólogos e historiadores experientes.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Jesus e a lepra


E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão.
E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.
E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.
Disse-lhe então Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.

Mateus 8:1-4

         
          Que essa Sua atitude nos inspire a compartilhar gestos de solidariedade. O momento atual exige, eu sei, alguma cautela e mudança de hábitos, no entanto, o tal isolamento social não deve nos tornar frios, distantes, desconfiados uns dos outros. Nem tampouco devemos "criminalizar" os idosos, que tanto já contribuíram pelo país e fizeram por cada um de nós.
     Que esse forçado recolhimento de Páscoa, na intimidade do lar, nos traga bons ventos de instrução e sentimentos de cura, inspirados em Seus ensinamentos e gestos. 

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Os caminhos sem volta




Quando começaram a melhorar as obras no Brasil eu comecei a ter algum trabalho como pintor. Então tinha um cearense que levava a irmã dele também, mulher de certa idade. Eu nunca perguntei, mas ela tinha uns 40 anos, era servente dele. E ela contava muita coisa de Lampião, o Cangaceiro. Ela conheceu o homem de perto porque ela disse que eram crianças. Aí eu me aproximei e gostava de ver e ouvir as coisas que ela contava. Aí ele me disse que esteve trabalhando em Brasília. Foi aí  que eu disse que não fui porque não encontrei companhia, senão eu teria ido para Brasília. Foi aí que eu tive uma surpresa. Ele me disse assim: -Eu não sei o que você queria lá. Então ele passou a me contar como foi construída a cidade de Brasília. Eles enchiam caminhões com  paus de arara com promessas de lá terem uma casa para cada família  que quisesse ir. Então muitos abandonavam sua terra e embarcavam naqueles caminhões. Iam engolir o pó das estradas por vários quilômetros com promessas de melhor vida. E em vários caminhões lá iam sonhando com dias melhores deixando para trás sua identidade de vidas secas.

Trecho de  “Memórias” (2016) 304 p.  de Geraldo do Cavaco, escritor e músico portoalegrense