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terça-feira, 2 de março de 2021

Chuva na Terra


O Estado impõe a seus cidadãos impostos onerosos sob várias formas: imposto de renda, imposto sobre circulação de mercadorias, imposto territorial, taxa rodoviária, imposto sobre produção, impostos sobre importação e tantos outros impostos. Mas, no momento oportuno, quando os impostos se acumulam em uma grande soma de dinheiro, eles são utilizados para o bem-estar dos cidadãos de diferentes maneiras. Todavia, ás vezes acontece de os benefícios dos impostos caírem como chuvas sobre governantes de coração de pedra, os quais são incapazes de utilizar o dinheiro apropriadamente e esbanjam-no para o gozo dos sentidos. O homem comum supõe que a distribuição desigual de chuva representa a vingança da natureza contra nossos atos pecaminosos. Isto não deixa de ser verdade. Logo, para que haja uma distribuição equitativa dos impostos arrecadados pelo Estado, os cidadãos devem ser escrupulosamente honestos e virtuosos. Devem ser honestos no pagamento dos impostos ao Estado e devem ter representantes honestos para fiscalizar a administração. No sistema moderno de Estados democráticos não há razão para que os cidadãos se lamentem, pois toda a administração é conduzida pelo próprio povo. Se o próprio povo é desonesto, a máquina administrativa será fatalmente corrupta. Mesmo que se dê um nome requintado a um detestável governo do povo, se as pessoas não forem boas, não poderão ter um bom governo, qualquer que seja o partido incumbido da administração. Portanto, o bom caráter da consciência da massa popular é o primeiro princípio necessário para haver um bom governo e uma distribuição equitativa da riqueza. 


 Trecho extraído do livro “Luz do Bhagavata”, de Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, erudito e mestre indiano fundador da Sociedade Internacional da Consciência de Krishna.

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