A escalada em direção ao 3º livro segue, devagar mas continuamente.
Em seu romance de estréia, Lima Barreto fez certo, narrou as recordações de um escrivão da Coletoria Federal de Caxambi, no Estado de Espírito Santo, o mulato Isaías Caminha. Esse, que também desempenhou, na árdua luta pela sobrevivência, o ofício de contínuo, numa redação de jornal, pode ser considerado um exemplo padrão de jovem sonhador, batalhador, que sofreu na pele o preconceito, no início do século dezenove, na antiga Terra de Vera Cruz. Mais ou menos naquela mesma época, Machado de Assis acertou, porque deu vida ao Dr. Simão Bacamarte, médico de Itaguaí, que estudara nas faculdades de Coimbra e Pádua, em Portugal. " A ciência é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo"; dizia o bem conceituado profissional da medicina.
Avançando um pouco mais no tempo, Orígenes Lessa recebeu Menção Honrosa da Academia Brasileira de Letras, pela coletânea de contos "Garçon, garçonnette, garçoniere", uma evocação aos serviços prestados pelos trabalhadores dos bares noturnos, lancherias e restaurantes, penso eu . Esse mesmo escritor, só pra ilustrar mais essa parte e seguir logo, adiante, foi agraciado com um prêmio literário pelo romance "O feijão e o sonho", contando a história de Campos Lara, o professor, docente, homem da educação. Escrevia poemas nas horas vagas, lidava bem com os versos e a métrica das palavras.
Nessa mesma janela do tempo, agora expandindo a nossa visão pro exterior, o "Tufão", do inglês Joseph Conrad, detalhou as peripécias e agruras do capitão Macwhim, que como a própria graduação sua sugere, comandava embarcações e disso tirava o próprio sustento.
Dando dois saltos no tempo, temos Macabéa, personagem de Clarice Lispector, que era datilógrafa em "A hora da estrela". Tem a artista plástica Maggie de "Herança de Fogo", da aclamada Nora Roberts.
O personagem que hoje aqui lhes apresento, contudo, não tem uma profissão que possa ser considerada a dos sonhos pra esmagadora maioria de vocês, que embarcam à partir de agora numa máquina do tempo que nos conduzirá, mais uma vez, à metade sul do território gaúcho, ao berço da colonização no Estado. Foi lá que nasceu, cresceu e trabalhou até se aposentar, Alcides Aguiar da Conceição, que ganhou a vida, acreditem ou aceitem os passageiros que comigo estão, c... talvez não seja ainda conveniente contar-lhes.
*****************************
A "fossa" que muitos de vocês estão acostumados á ouvir é aquela que em realidade sinaliza uma desilusão amorosa, uma decepção relacionada a ausência do(a) amante querido(a). Fiquei a semana inteira de fossa... lembrando do Cléber, que nunca mais me procurô. Nostalgia, decepção, saudade, tudo junto.
Bruna Marquezine flagrada pelos fotógrafos, na maior fossa ,pensando no Neymar, abalada pelo ex que se foi.
Pudera eu, trazer-lhes hoje um romance que chega ao fim e, como outros tantos, toca os corações. Infelizmente, e isso já me fez antes perder leitores, vou tocar em assunto que ás vezes não é bom remexer, dexa como tá... Antes disso, faço um breque na narrativa, em consideração aos que decidirem seguir comigo mais um pouco. Com essa pausa ofereço também, oportunidade para os que tiverem à mesa ou lanchando. Interrompam, peço-lhes eu, a mastigação e degustação alimentar. Não aconselho curtir essa fossa quem estiver fazendo refeição, conselho de amigo. Essa, bem diferente da primeira, à nada que seja romântico remete-nos.
************************
No Rio Grande período pós-abolição eram poucos os trabalhos assalariados que se davam aos negros. Atividades ligadas ao porto, braçais, retirar e embarcar mercadorias nos navios, tarefas domésticas em geral, principalmente limpeza e manutenção das casas.
Essa situação não mudou muito ao logo dos séculos seguintes. Empresários torciam o nariz pra idéia de empregar gente de pele escura. Se fosse branco, alinhado, melhor. Nego é nego, não adianta. A zona portuária continuou sendo um pólo de emprego pra homens e mulheres pretas, seja carregando pesados sacos na cabeça, seja divertindo com seus encantos os clientes do Club. Na construção civil, também. A força física aliada às incontestáveis habilidades em carpintaria, alvenaria, elétrica, encanamento e outras tantas, garantiam aos escuros de pele a subsistência.
Para o historiador Corcino Medeiros dos Santos¹, os portugueses criaram a mentalidade de que qualquer tipo de trabalho manual era destinado ao escravo e não ao homem branco europeu. Entre esses, talvez mais do que qualquer atividade profissional daquele período, o ofício de Cabungueiro oferecia-se como tábua de salvação ao negro desempregado e sem perspectivas.
Os veículos de transporte eram, na maioria das vezes, carroças, caixas de madeiras com rodas, fechada dos quatros lados, onde em cima perfilavam-se alguns barris de madeira, geralmente puxada por uma dupla de cavalos com gloriosa missão: Levar imundície pra longe.
Esse era o cabungo propriamente dito. Prestou essencial serviço numa época em que as casas não eram ligadas à rede de esgotos, o que acabou acontecendo apenas no fim do século dezenove, principalmente nas metrópoles. A mudança foi ocorrendo paulatinamente, por isso, a profissão durou ainda mais algumas décadas
*******************
²Na grande Roma, as ruas com encanamentos serviam de fonte pública e, com o intuito de prevenir doenças, separava a água para consumo da população.
Na Grécia antiga, havia-se o costume de enterrar as fezes ou deslocarem para um local bem distante de suas residências.
Os sumérios originaram a construção de sistema de irrigação de terraços.
O Egito iniciou o controle do fluxo de água do rio Nilo. Projetava os níveis de água durante os períodos do ano através do sistema de irrigação, construção de diques e utilização de tubos de cobre para o palácio do faraó Keóps.
As primeiras galerias de esgoto da história foram construídas em Nippur, na Babilônia.
O Vale do Indo e suas cidades são conhecidas pelos planejamentos urbanos e sistemas de abastecimento e drenagem elaborados para época.
*********************
¹ SANTOS, Corcino Medeiros dos. Economia e sociedade do Rio Grande do Sul século XVIII. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1984.
² Rodrigo Barros em artigo publicado no site econsultores.com.br
**********************
O cabungo, ou cubo, era um pequeno barril cônico de madeira, com aproximadamente cinquenta centímetros de altura e boca de mais ou menos vinte e cinco centímetros de diâmetro, chegando a sua base com trinta e cinco. Semanalmente o receptáculo era substituído pelo Asseio Público que os levava em carros ou carroças, para descarte. Agora, o que afinal das contas tinha dentro desses benditos barris, perfilados cuidadosamente nesses veículos de tração animal, alguns, á essas alturas já sabem ou imaginam certamente o que seja. Não era vinho, isso eu lhes garanto. Nem tampouco restos de comida pra lavagem dos porcos. Mas,trocando por mais alguns parágrafos de assunto, um pouco de zoologia...
**********************
Tigres são animais imponentes, intimidativos, ferozes, temíveis por algumas espécies. Tem o * tigre-de-bengala, também conhecido como tigre indiano, grande felino e umas das seis subespécies de tigres restantes, sendo atualmente a maior delas, devido ao fato do tigre-siberiano haver diminuído do seu porte devido a caça e destruição do seu habitat. E já que eu mencionei esses, tem o *tigre siberiano, outra dessas seis espécies de tigres felinos que ainda existem.
Quem, entre nós, não se sentiria amedontrado, ao menos num primeiro instante, diante de uma criatura como essa? Feroz, sanguinária, inclemente com a presa e com o inimigo. Teve o *tigre-do-cáspio (Panthera tigris virgata), uma das maiores espécies de felino que já viveu sobre a Terra e era comun na região da Turquia, Irã e noroeste da China, desaparecido devido a caça e perda de habitat.
Em contrapartida, se alguém coloca na barra de pesquisas a combinação Tigre - Rio de Janeiro, encontra na primeira opção de busca o nome do glorioso Esporte Clube Tigres do Brasil, agremiação esportiva situada no município de Duque de Caxias, naquele estado, fundada em 19 de janeiro de 2004, originalmente batizada de Esporte Clube Poland Química do Brasil. Mas à bem da verdade, se nos aprofundarmos historicamente no passado dessa unidade federativa, vamos encontrar tigres com características bastante peculiares.
Sinto-me forçado no atual ponto, devido aos ossos do meu ofício, á novamente fazer conexão com a temática que vêm permeando, aqui e ali esse conto. Um outro tipo de tigre povoou o Brasil nos tempos do Império. Seu distante parentesco com os elegantes e enormes felinos, restringia-se tão somente a duas semelhanças. Desenvolviam listras em suas peles negras, ocasionadas pela mistura de amônia com uréia, presente nos tonéis cheios de dejetos orgânicos que carregavam na cabeça, pra despejar no mar ou em algum rio. Da mesma forma, á exemplo dos primeiros, criaturas que ninguém ousa encarar, causavam pavor, pânico, eram temidos e evitados pois fediam à excremento. O forçado contato que a profissão lhes impunha impregnava as suas roupas com odor nauseante. Estou falando, se é que alguém já não estudou isso em livros de história, dos escravos e negros recém libertos que coletavam, de porta em porta, em tempos remotos, as fezes da elite branca em nosso país.
***************************
Finco agora os pés no chão, mais precisamente na cidade onde atualmente moro, pra tirar de vocês, porto-alegrenses de nascimento, todo e qualquer sinal de orgulho ou jactância. Não, perdoem-me vocês a franqueza, vocês não tiveram um destino muito diferente aqui nesse antigo Porto dos Açores. A foto acima, compartilhada pelo Engenheiro Civil Elias Scalco, funcionário concursado da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima, a RFFSA no período de 1970 a 1995, nos mostra um trem que parece "normal". Numa primeira e rápida visualização, lembra, de fato, apenas um mero veículo de transporte coletivo sobre trilhos. Seus últimos vagões, com certo pesar revelo aqui, abrigavam resíduos nada desejáveis pela esmagadora maioria da população. Estou me referindo, e isso os saudosistas daquele tempo irão lembrar, cheios de nostalgia, do querido, disputado, aguardado, "Trem da merda", o que levava embora pro Guaíba, quase na região onde hoje é Ipanema, aquilo que ninguém mais queria ou reivindicava pra si naquela época.
Acabei deixando escapar, no parágrafo acima, o objeto principal da presente história. A fossa em si, aqui abordada, nada mais é que um quadrado com paredes de tijolos ou concreto, com furos laterais, que recebe tudo o que é de mais nojento numa casa sem esgoto cloacal. Mas arejemos o ar com um pouco mais de dados científicos.
****************************
Cova, cavidade subterrãnea para onde se despejam as imundícies e águas servidas, segundo o Minidicionário FTD.
As fossas sépticas ou séticas são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a separação e a transmissão físico-química da matéria sólida contida no esgoto. É uma maneira simples e barata de disposição dos esgotos indicada, sobretudo, para a zona rural ou residências isoladas.
*********************
Não me considero um vidente, mas quando alguma coisa não me cheira bem, podem apostar, boa coisa não vem pela frente. E é isso, exatamente, o que passa à acontecer daqui pra frente, se, é claro, sentirem vocês curiosidade. Não me é mais, á essas alturas, possível protelar a revelação do óbvio. Que merda... Ela é quem povoa o interior da fossa. Ela é quem continua sendo uma das maiores assombrações do pobre em dias muito chuvosos.
Isolada, infelizmente, era a Vila Bernadeth. Nem sinal de esgoto. Vários prefeitos e vereadores já tinham prometido que a rede ia chegar já já lá. Nada, no entanto ,de engenheiro, tubulação ou trator abrindo covas nas ruas. A solução pro que se fazia no vaso qual era? Cabungueiro era já passado, não tinha mais. Cada um que se virasse como pudesse. A fossa,e somente ela, era a solução natural e acessível. Jogar num quadrilátero de tijolos, enterrada aos fundos do pátio, a imundície que qualquer pessoa, em sã consciência, repudiava.
Podia variar de tamanho, de acordo com as características numéricas da família:
Até aí tudo bem, parece que dessa forma a coisa se resolve. Dá discarga, a água e o que tiver junto descem, vaso adentro. Só que tem alguns pequenos percalços que acabam infernizando a vida de alguns. Chuva constante é um dos principais deles. Pátios alagados. Pouca escoação de água. Entupimento de canos. Indícios que, em conjunto, não cheiram bem. As fossas, em geral, nessas condições, ficam sobrecarregadas. Águas pluviais e cloacais disputam um mesmo e reduzido espaço. Não dá boa coisa. O ar fica empesteado. Líquido indesejável vêm a tona. Não há absorção suficiente na terra. A situação, em pontuais casos, fica crítica. Pudera eu pular esse trecho, mas o próprio título da obra me impele que eu siga na abordagem. É por isso que sugiro, apesar de tudo, sigamos à frente.
***********************
Capitão, Tenente, Major, Brigadeiro e Coronel são, todas essas , patentes, graduações internas das Forças Armadas, é de conhecimento público. Dentro de uma Unidade Militar, você só sabe realmente a autoridade de alguém e seu provável salário, pela sua patente. Não creio que seja exagero algum, afirmar que dentro de qualquer quartel que se preze, "A patente faz o homem". Agora, o que um homem faz, em contraposição, na patente, é assunto, queiram algumas de vocês ou não, pro próximo parágrafo.
Chamem-na como quiserem ou estejam familiarizados: Casinha, quartinho, quarto de banho, latrina. Tudo dá no mesmo, na mesma m... Usando uma designação técnica e elucidativa , era o banheiro de quem não tinha esgoto, em tempos antigos. Assento em formato quadrado, com abertura no meio, onde ficava geralmente um balde, pra onde ia "o que tinha de descer". Se o pátio fosse grande, enterrava-se o conteúdo em algum lugar, virava adubo pra futuras plantas e árvores. Se o lote ou terreno fosse pequeno, não tinha problema, também dava-se um jeito e o passeio público, pra algumas famílias, acabava sendo a solução de escoamento pro expurgo.
Pra circular um pouco o ar e renovar fôlego, proponho ,exatamente aqui nesse ponto, uma nova análise técnica da situação, evocando dados extraídos de reconhecida fonte de consulta, em línguagem culta, própria para amenizar a antipatia geral que esse assunto até aqui, obviamente, desperta.
***********************
# Dos 5.570 municípios brasileiros, 4.490 despejam pelo menos metade de todo o seu esgoto em vales, córregos, rios e represas sem passar por qualquer tratamento, ou seja, oito em cada dez municípios não coleta nem trata de forma adequada o esgoto. (...)
O défcit de atendimento dos serviços de esgotamento sanitário é uma das faces mais evidentes da precariedade do saneamento básico no Brasil, que também enfrenta desafios na coleta e reciclagem do lixo e no abastecimento de água.
***********************
Essa temática, creiam vocês ou não, já foi objeto de criação artística, em forma de roteiro de cinema, na mão de ninguém menos que Jorge Furtado, em 2007, com a película "Saneamento Básico". No roteiro, "O Montro do Fosso", criatura horripilante, com mutações genéticas provenientes do seu estreito contato com o esgoto a céu aberto, aterrorizou os moradores de Linha Cristal, espalhando apreensão e medo.
Toda a pretensão que eu poderia ter, dizendo que sou o pioneiro na iniciativa de retratar "isso", cai, portanto, em terra, em virtude do parágrafo acima. Pode não parecer auspicioso, produtivo, mas o assunto é sério. Tanto que, na composição demográfica inicial de grande parte das cidades brasileiras existiram profissionais encarregados de carregar pra bem longe, como os garis que atualmente recolhem nosso lixo orgânico, aquilo que, parado, estocado, começa a dar problema pra todo mundo.
Em Rio Grande, eram os cabungueiros. Tinha os corpulentos, de braços fortes. Alguns, mais esguios, porém determinados em guarnecer os tonéis de madeira, solícitos sempre. Em comum, diferenças físicas à parte, tinham a mesma cor. Era atividade, essencialmente, de preto. A maioria acabava se aposentando na função, pois dava pra se sustentar com o humilde mas pontual salário de Funcionário Público da Prefeitura. Alcides, por exemplo, nosso personagem central, trabalhou quase trinta anos na lida da m... carregando estrume de gringos e gringas, buscando de porta em porta a escória metabolizada que cada organismo vivo e digestivo produz. Não vou, relaxem, entrar no mérito dessas nomenclaturas, pois certas palavras, por si só, causam náuseas e quando mencionadas revoltam o estômago. Para alguns europeus, negro era um dos substantivos que mais se encaixava nessa subclasse gramatical, própria pra evocar os inferiores de pele.
Ô raça que não dá pra nada, esses macaco, desabafou pra manicure a Dalva, mulher do dono de algumas charqueadas, proprietário de terras e cabeças múltiplas de gado no extremo sul do território gaúcho o Barão da Capilha. Esse foi o nobre português que alforriou, publicando anúncio em jornal da época pra fazer alarde, certo preto, pai do nosso protagonista cabungueiro.
Foi alforriado pelo benemérito humanista Antonio de Athayde Fonseca, o Barão da Capilha, o escravo Silas, preto de coxas e braços fortes que serviu por 20 anos ininterruptos o seu senhor. Pelos serviços prestados na Estância recebeu de indenização pelos anos de escravidão a quantia de um conto e setessentos mil réis, à fim de iniciar uma vida digna no vilarejo de Rio Grande.
Permitam-me aqui, mais um de meus tradicionais e nem sempre bem vindos contrapontos: Vida digna, emprego de status, profissão bem vista, era tudo coisa de branco e isso o redator do jornal provavelmente fez que não sabia.
Silas, com a gratificação de alforria, comprou terreno no subúrbio da ex vila fundada pelo Brigadeiro José da Silva Paes. Algumas décadas mais tarde, o seu filho, o mesmo Alcides que em parágrafos anteriores personificou a mal vista função de cabungueiro, lançou-se ao mercado de trabalho. E é ele, justamente, o herói, o mocinho da presente trama. Se inscreveu pra trabalhar na prefeitura, pra juntar merda em barril. Casou-se, teve duas filhas. Insistiu pra que elas estudassem, aprendessem algum ofício que inspirasse respeito nos outros. Seus esforços e determinação de bom pai deram certo. Ambas formaram-se em cursos superiores na faculdade da FURG e ainda hoje trabalham, às vésperas de aposentarem-se, naquilo que realmente elas gostam. Uma, é professora de séries iniciais em escola da Rede Municipal de Ensino, a outra, médica pediatra em Unidade Básica de Saúde. Têm orgulho do nego velho que bancou os seus estudos, lhes deu suporte e orientação na vida. Nunca fizeram questão alguma de negarem as suas raízes, o canto, a religiosidade própria da raça. São irredutíveis na luta contra o preconceito e gratas pelo nobre exemplo do chefe de família que as criou.
Cesar
* Wikipédia
3 comentários:
Genial relato, te mando un beso.
Um texto demasiado longo para a capacidade dos meus olhos doentes.
Peço desculpa.
Abraço, saúde e boa semana
Bem retratado a vida de quem não tem saneamento básico.Descaso é isso que se vê.
Postar um comentário