Sou um jovem
que quer apresentar uma consequência de vida.
Sou uma pessoa como tantas outras,
do mundo.
Mas, por uma causalidade do destino,
depois de uma altura da vida,
vim parar atrás de grades de ferro,
cumprindo seis anos, dois meses e alguns dias.
Hoje posso entender
o valor da liberdade.
Casado, pai de família,
sei o quanto sinto falta
da minha liberdade.
A vida às vezes é como um labirinto,
e temos que seguir vários caminhos
para encontrar um fim,
ou quem sabe a felicidade.
Tenho uma rotina repetitiva,
mas sempre procuro viver
um dia após o outro.
Trabalhando, estudando,
frequentando cultos,
fazendo atividade física
e sempre pensando na Amanda.
Sempre.
Sempre tive sonhos
que tornam as pessoas vencedoras.
Sonhar para mim
é acreditar,
que sonhar é preciso.
M.D.P.M.
Coletânea "Vozes de um tempo VOL. 3- Relatos e vivências de pessoas privadas de liberdade"- Editora Concórdia.
5 comentários:
Profundo y triste poema. Te mando un beso.
Oi, César!
A liberdade é um bem fundamental.
Abraço.
Sua narrativa é forte. Muito forte. Desculpa, mas preciso de tempo para entender essas coisas. Liberdade faz parte da vida e sem ela não se aprende a viver. As árvores também são livres ou não procurariam o sol para fugir às sombras das outras. Como falei, é forte a narrativa que nos permitiu ler.
Um abraço. Ah, eu estou te seguindo. Se quiser, me siga, não vou me importar.
Seu novo seguidor informa que a poesia não foi escrita por mim. O autor, de fato, vivenciou a rotina do cárcere.
Até mais.
Eu disse que voltava, não disse? Então. Voltei!
Um abraço pra vc.
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