As pernas cansadas denunciam um cansaço que vai além: ele vem do fundo e transparece mesmo nos olhos. As mãos erguem-se poucas para o que deve ser feito e não pedem nada mais. Há que se compreender que o cansaço toma a alma antes do corpo. A mente antes do corpo. E só depois se revela, transpirando pelos poros. O corpo quando cansa faz sair por seus membros o cansaço.. O repouso é tudo para ele e a esperança também. O tempo é aliado. A mente quando cansa faz sair pela boca o seu cansaço. O repouso consegue apaziguar, e mesmo sem esperança vem a cura. O tempo é amigo. A alma quando cansa faz sair pelos olhos o seu cansaço. Não há repouso que ajude nem esperança que cure. O tempo é o algoz.
Fonte: Livro "O Silêncio Alheio"- Jacqueline Aisenman- Design Editora, 2015
5 comentários:
Lindo trecho escolhiso e o cansaço nos pega a todos.É danado!!! abraços, chica
'A alma quando cansa faz sair pelos olhos o cansaço ' _ bem verdadeiro a frase e gostei do texto. Cesar.Agradeço a visita , seja sempre bem-vindo.
Bom domingo
Deve ser um bom livro a avaliar pelo bocadinho que nos deu. O cansaço do corpo tem a ver com o cansaço da alma. O tempo poderá ser uma ajuda se soubermos aproveitar cada minuto para celebrar a vida.
Tudo de bom.
Uma boa semana.
Um beijo.
Uy me siento. Te mando un beso y mi cariño.
Que reflexão profunda e intensa! Seu texto capta com maestria a essência do cansaço, mostrando como ele se manifesta de formas tão diversas e sutis. A forma como você relaciona o corpo, a mente e a alma traz à tona uma verdade que muitos de nós já sentimos: o peso do cansaço vai além do físico, ressoando em nossos sentimentos e emoções.
A metáfora do tempo como amigo e algoz é especialmente poderosa, revelando a dualidade do nosso processo de cura. Seu olhar atento às nuances do cansaço é um convite à reflexão sobre a importância do descanso e da esperança em nossa jornada. Parabéns pela profundidade e sensibilidade das suas palavras! 🌟
BEIJOS EM SEU 💗
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