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sexta-feira, 1 de maio de 2020

Erik- Rosane Fantin


Finalmente chegamos a área onde estavam os túneis alagados. Lá, próximo ao local onde Erik fizera a sua morada, em um dos paredões, havia sido feita uma cavidade profunda, onde o caixão , provavelmente, seria colocado. Após alguns minutos de tenso silêncio, o chefe de polícia, M. Focault, pediu que os homens colocassem o esquife para dentro do buraco. Pode-se ouvir um suspiro escapar do peito pesado de Raoul. Christine estava com o olhar tristonho, olhando para baixo, provavelmente lembrando-se do seu mestre. Achei que tinha visto uma lágrima tímida rolando por sua face. Logo ela passou um pequeno lenço, de delicada renda, sobre a face, discretamente, simulando um súbito calor, retirando qualquer vestígio de choro que pudesse ser visto por seu marido ou pelas pessoas que ali estavam. Logo em seguida, um dos trabalhadores, passou a colocar uma espécie de massa arenosa, cobrindo toda frente da tumba, lacrando para sempre o corpo de Erik nas entranhas do suntuoso prédio. Não se ouviu nenhuma palavra de pesar ou oração, nem olhares de condolência. A tristeza por aquela perda, certamente, estava apenas nos pensamentos daqueles que tinham conseguido vislumbrar a genialidade que existia naquele homem transfigurado, apaixonado pela música e por sua musa. Christine, o desconhecido, que mais tarde apresentou-se como sendo o Senhor Marback, e eu.


Baseada no conhecido romance de Gaston Leroux, esta história inicia no momento da fuga de Erik, o fantasma, através dos subterrâneos da Ópera de Paris, durante o incêndio provocado por ele. Decidido a um novo recomeço, ele terá que enfrentar seus próprios fantasmas e perseguidores que se mantêm como obstáculos aos seus planos e à possibilidade de um novo amor. Uma aventura que leva o leitor das ruas de Paris ao interior da França, passando pela cidade inglesa de Dover e chegando à fervilhante Londres de 1872, flanando entre os salões da alta sociedade e os bairros pobres à beira do Tâmisa.


Erik- Rosane Fantin

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