Hoje ouvi que o meu silencio,
o meu silencio grita,
Ás vezes grita tão alto,
que fica em silêncio... me irrita.
São eles gritos tristes de saudade e de dor,
Às vezes gritos de paz, liberdade e amor.
Gritos de piá, gritos de homem e na dificuldade,
o mais sombrio dos gritos.
O Grito da fome.
Mas não só de fome de alimento
Fome de saber,
Será que era pra ser assim?
E já que é, ouço o grito do porquê,
sem chegar a nenhuma resposta.
Fecho meus olhos e penso.
E ouço um grande grito,
o grito do silêncio.
J.G.L.R.
Fonte: Coletãnea "Vozes de um tempo", VOL. 3 (Relatos e vivências de pessoas privadas de liberdade no sistema prisional do Estado do Rio Grande do Sul)- Editora Concórdia- 2017
2 comentários:
Profundo y duro poema te mando un beso.
Oi, César!
Quem vive em sistema prisional sente bem fundo esse e outros gritos, mas há que pagar pelos erros cometidos.
Abraço e dias felizes.
Postar um comentário