Graças à um concurso de minicontos, acabei exercitando recentemente uma forma sucinta de escrever que provavelmente se refletirá em minhas próximas histórias. Meus contos, reflexão seja feita, andavam longos demais, beirando à romances. Não quero relegar o passado, por favor não me entendam mal. Apenas percebo agora ter chegado à um momento de ruptura com algumas temáticas e estruturas trabalhadas à exaustão em meus livros anteriores. O tempo, só ele, desvendará os novos rumos, porém, uma direção parece ter sido apontada através do já mencionado certame.
Na verdade, por estranho que pareça, guiado pela intuição, nem cheguei a participar do concurso, mais um daqueles caça-níqueis que aparecem "do nada", aos montes no facebook, direcionado aos "Novos talentos literários". Achei o regulamento bastante duvidoso, com premiações dignas de um conto de fadas e pulei fora da barca, antes mesmo de navegar.
É lamentável que canalhas, como em tantas outras áreas de atuação, estejam brincando com o sonho de autores desconhecidos ou estreantes, em busca de um lugar ao sol.
Após meu emotivo desabafo, antes de publicar aqui, em primeira mão, o miniconto especialmente escrito pro concurso, deixo um recado aos que não duvidarem que conselho, pode sim ser dado de graça e ser bom: Antes de pagarem qualquer taxa de inscrição à concurso literário, leiam bem o regulamento e questionem aos organizadores suas possíveis dúvidas antes de fazer depósito ou PIX á toa. É válido, eu sei, investir na carreira, mas existem outras outras formas de fazer isso tendo um retorno seguro e transparente.
Abraço e que a paz esteja com todos.
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-- Vai dá uma matéria e tanto
pra página da revista... – pensou Mariane,
a recém formada em jornalismo, orgulho dos pais.
Entrou na faculdade pelo sistema de
cotas, queiram ou não alguns, aceitem ou questionem outros.
Bloco, caneta e gravador em mãos,
foi pro terreiro de candomblé, á pedido do redator-chefe da revista cultural em
que trabalhava. Encarnou de corpo e alma a missão, disposta a desmistificar
pros seus leitores parte do culto aos Òrisàs, combatendo assim o preconceito.
Nem ao menos uma página completa
escreveu, entretanto. Pouco mais de 5 minutos de rezas, seguidas de algumas
poucas batidas de atabaque, foi o que ela conseguiu gravar. A polícia, furiosa,
bateu na porta e mandou parar tudo, á mando
de um vizinho.
3 comentários:
Seu texto reflete um processo de transformação e amadurecimento na sua escrita, o que é admirável.
É interessante como um concurso, mesmo sem a sua participação direta, influenciou a sua abordagem, levando você a explorar novas formas e estruturas.
É verdade que muitos concursos literários podem ser duvidosos, e sua experiência ressalta a importância de estar atento e informado antes de investir em qualquer oportunidade.
Seu relato revela uma jornada de autodescoberta e evolução na sua escrita, algo realmente valioso.
A reflexão sobre a mudança na forma de escrever, do romance para o miniconto, demonstra um desejo genuíno de crescimento e adaptação.
É lamentável, no entanto, que muitos concursos literários se aproveitem da boa fé de autores em início de carreira.
Seu conselho sobre a importância de ler atentamente os regulamentos e questionar os organizadores é extremamente pertinente e pode ajudar muitos escritores a evitar armadilhas.
Continue a explorar e a evoluir, e que seus novos rumos sejam tão inspiradores quanto suas reflexões.
Beijos em seu 💗
🐾
Da pena que no pudo acabar su escrito. y eso concursos algunos da miedo. Te mando un beso.
Excelente reflexão que nos trazes!
Bjxxx
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