Como
é que você faz pra conseguir,
Onde é que você vai pra pegar um
pouco?
Qual é o ônibus que se pega, afinal?
Pra que lado fica o morro?
Perguntas que te martelam, sempre que a paz
acaba.
Aonde
eu acho o que é bom?
Quem pode me indicar um amigo?
A vontade é forte, chega a ser
grande.
Não me separo da brisa.
Vou a luta e corro perigos, mas meu
sonho se realiza.
Tudo é festa pra mim, até o estoque
acabar.
E lá vou eu outra vez,
Passa dois, três, quatro mês...
mas o desfecho é certo.
Quem tem, quem passa por perto?
Quem sabe lá no Bar do Beto...
Tenho me arriscado bastante,
em nome dessa minha paixão.
Tenho ido até o chão,
pra conseguir aquilo que eu quero,
financiando violência,
compartilhando hipocrisia,
engrossando estatísticas,
enganando-me a mim mesmo
Bala perdida, troca de tiros, acerto
de contas na favela
Viatura, revista, mão na parede,
entrega logo a parada.
Não haverá acaso, alguma outra solução?
Onde acho um novo patrão?
Qual é o jeito que você arruma,
pro teu desejo saciar?
É preciso comprar, é fato, você não
nega.
A brisa que te carrega,
não pode deixar de soprar.
Mate a minha curiosidade,
se isso não for indiscreto.
Gostaria de saber, se é que você não
se importa.
Você bate em qual porta,
quando fica sem direção?
Consumido pela vontade, de tê-la só
pra relaxar.
Acabou, tem que pegar.
Onde é o cara que tem?
Onde é que você vai buscar,
a erva que te deixa louco? Cesar S. Farias
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