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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Soneto da noite fria


        Noite fria adentro, varando pelo teclado
Procuro a palavra certa, quero escrever um poema;
O que sinto é um eterno dilema
Meus dedos se arrastam no punho cerrado

Grande é o compromisso no que dizer
Porque sempre opõem-se o certo e o errado?!!!
E na alcunha eterna deste grande Advogado
Os preceitos humanos revelam todo o seu poder

Sob o próprio ser, nem os poetas dominam
Pois quem escreveria agora este soneto
Os que pranteiam, dormem, ou os que dominam?

Ao certo, somos todos como um grande e lindo dia,
que surge ensolarado, vívido, largo cenário paradisíaco
E se opõe, dia após dia, numa inevitável... noite fria.


                                             Paulo Rogério C Vargas
            
    

Um comentário:

Elvira Carvalho disse...

Gostei. Não conheço o poeta, mas gostei deste soneto.
Um abraço